quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

AS DESSEMELHANÇAS ENTRE PEDAGOGIA E ANDRAGOGIA

Blog “Educação, Didática, Pedagogia e Andragogia”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com/


ANDRAGOGIA E PEDAGOGIA: QUAIS AS DIFERENÇAS


Um belo dia fui convocada para dar um treinamento sobre Andragogia, vocês devem estar se perguntando o que é isso, mas fiquem tranqüilos, não só foram vocês não, eu também nem imaginava que palavra seria essa, tive que ir pesquisar, imagine ensinar uma coisa que nem eu sabia o que era. Eu sabia que a Pedagogia é a ciência que ensina as crianças e descobrir que a Andragogia é a ciência que ensina os adultos, pois é, temos que esta aprendendo constantemente.Essa história começou em 1833 com o professor alemão Alexander Kapp usou o termo pela primeira vez no seu trabalho “as idéias educacionais de Platão”, Lá ele defendia a necessidade de continuar aprendendo durante a vida toda, mas se popularizou muito por conta de Malcom Knowles, ele que desenvolveu os conceitos de palestra, workshop e dinâmica de grupos como forma de aprendizado para adultos há mais de 50 anos.

5 PREMISSAS PARA A ANDRAGOGIA:

1. Conceito do eu-Mudança de um aprendizado passivo para um aprendizado ativo;
2. Experiência- Acumulação crescente de experiência como recurso de aprendizado;
3. Vontade de aprender- À vontade em aprender direcionando o desenvolvimento;
4. Orientação para o aprendizado-Mudança de aprendizado apenas conceitual para aprendizado prático;
5. Motivação para o aprendizado- A motivação para aprender é interna.

Cada uma dessas 5 premissas marcam a diferença entre pedagogia e andragogia.Por isso para o adulto, é muito importante alguns pontos em um aprendizado:

• Motivação e interesse em aprender-Saber exatamente para que ele usará os conceitos que está aprendendo
• Conhecimento do desempenho correto a ser atingido-Saber exatamente o desempenho esperado
• Avaliação do resultado ao longo do processo- Saber se ele está no caminho para atingir o desejado, o que precisa ser ajustado
• Conhecimento do progresso na aprendizagem- Saber onde ele está e o quanto ainda falta para atingir o resultado esperado
• Organização adequada do material de ensino- Saber onde localizar informações na “vida real”, quando necessário

Resumindo, Andragogia é: dar referências para as pessoas e ajudá-las a conectar estas referências com o que elas têm a volta.

DIFERENÇA FUNDAMENTAL - ANDRAGOGIA E PEDAGOGIA

Segundo Cavalcanti (1999), crianças são seres indefesos, dependentes. Durante a idade escolar eles ainda aceitam a dependência, a autoridade do professor. O adulto ao contrário, já trás independência. Essa distinção infelizmente é ignorada, a mesma pedagogia é usada em crianças e adultos.
Enfim, o autor confirma que o modelo andragógico é um sistema de suposições que, também, incluem suposições pedagógicas.
Para o aluno adulto o mais importante não é a experiência do professor. Aquele que aprende de acordo com os métodos da pedagogia tira pouco proveito. De acordo com a visão andragógica os adultos possuem mais experiências que as crianças, e é isso que os diferencia. Suas experiências são um recurso para suas próprias aprendizagens.
Na andragogia, o processo de aprendizagem dos adultos busca utilidade em sua vida pessoal e profissional, enquanto na pedagogia a vontade de aprender está relacionada às finalidades de êxito escolar. Nos processos pedagógicos, a aprendizagem está centrada nos conteúdos, e não nos problemas. Nos andragógicos, a aprendizagem é desfocada de conteúdos, é dirigida para a resolução de problemas e tarefas que se confrontam na vida cotidiana.
No plano pedagógico são fatores externos, como notas, que motivam a aprendizagem.Já no plano andragógico são estímulos internos como auto-estima e qualidade de vida que motivam o adulto para a aprendizagem. O quadro a seguir representa as distinções dos dois campos.

O PAPEL DO PROFESSOR UNIVERSITARIO NA PERSPECTIVA ANDRAGOGICA

Ao começar a vida universitária, os alunos esperam uma nova realidade educacional. Mas essa realidade nem sempre acontece. Educandos que chegam à Universidade (...) se deparam com o mero continuísmo da educação fundamental e média: programas pré-organizados em períodos e disciplinas, conteúdos selecionados e estabelecidos unilateralmente pelos professores ou pela instituição; são forçados a se ajustarem a essa estrutura rígida, a ocupar o espaço de uma carteira que lhe é destinada como objetos da ação educacional da instituição. Devem fazer silêncio, prestar atenção à “performance” dos professores e memorizar os conteúdos com o objetivo de responder perguntas nos testes de avaliação. Se tiverem dúvidas (e coragem), poderão dirigir perguntas ao alto do púlpito docente, é claro, com o máximo de propriedade para não serem ridicularizados por professores ou colegas de classe. (Cavalcanti, 2004/2005, p.48).
Conforme dito por Cavalcanti (1999), Kelvin Miller afirma que adultos conseguem guardar apenas 10 % do que ouvem, no espaço de 72 horas. Entretanto são capazes de lembrar 85% do que ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de uma aula ou palestra. É por isso, que os professores na andragogia tem que desempenhar um papel diferente do modelo clássico.
A partir do que se entende por ser adulto, Oliveira (1998) passa a refletir sobre as conjecturas que devem direcionar a relação entre educador, escola, métodos didáticos e educando adulto, elaborando 14 princípios que oferecem um referencial objetivo para um bom relacionamento educacional, apresentados a seguir:

•Princípio 1 - O adulto é dotado de consciência crítica e consciência ingênua. Sua postura pró-ativa ou reativa tem direta relação com seu tipo de consciência predominante.
•Princípio 2 - Compartilhar experiências é fundamental para o adulto, tanto para reforçar suas crenças, como para influenciar as atitudes dos outros.
•Princípio 3 - A relação educacional de adulto é baseada na interação entre facilitador e aprendiz, onde ambos aprendem entre si, num clima de liberdade e pró-ação.
•Princípio 4 - A negociação com o adulto sobre seu interesse em participar de uma atividade de aprendizagem é chave para sua motivação.
•Princípio 5 - O centro das atividades educacionais de adulto é na aprendizagem e jamais no ensino.
•Princípio 6 - O adulto é o agente de sua aprendizagem e, por isso, é ele quem deve decidir sobre o que aprender.
•Princípio 7 - Aprender significa adquirir: conhecimento - habilidade - atitude (CHA). O processo de aprendizagem implica na aquisição incondicional e total desses três elementos;
•Princípio 8 - O processo de aprendizagem do adulto se desenvolve na seguinte ordem: sensibilização (motivação); pesquisa (estudo); discussão (esclarecimento); experimentação (prática); conclusão (convergência) e compartilhamento (sedimentação).
•Princípio 9 - A experiência é o melhor elemento motivador do adulto, portanto, o ambiente de aprendizagem com pessoas adultas precisa ser permeado de liberdade e incentivo para cada indivíduo falar de sua história, idéias, opinião, compreensão e conclusões.
•Princípio 10 - O diálogo é a essência do relacionamento educacional entre adultos, por isso a comunicação só se efetiva através dele.
•Princípio 11 - A práxis educacional do adulto precisa estar baseada na reflexão, na ação e, conseqüentemente, os assuntos devem ser discutidos e vivenciados para que não se caia no erro de se tornarem verbalistas, que induzem à reflexão, mas não são capazes de colocar em prática; ou, por outro lado, ativistas, que se apressam a executar, sem antes refletir nos prós e contras.
•Princípio 12 - Quem tem capacidade de ensinar o adulto é apenas Deus, que conhece o íntimo da pessoa e suas reais necessidades. Portanto, se você não é Deus, não se atreva a desempenhar esse papel!
•Princípio 13 - O professor tradicional prejudica o desenvolvimento do adulto, pois o coloca num plano inferior de dependência, reforçando, com isso, seu indesejável comportamento reativo próprio da fase infantil.
•Princípio 14 - O professor que exerce a "Educação Bancária" - depositador de conhecimentos - cria a perniciosa relação de "Opressor & Oprimido", que pode influenciar, negativamente, o modelo cognitivo do indivíduo, pela vida inteira, enfatizam algumas abordagens psicológicas que têm sido base para a construção de um modelo de aprendizagem para adultos.

PEDAGOGIA X ANDRAGOGIA

Fonte: Cavalcanti, Revista clinica Cirúrgica da Paraíba,nº6,Ano 4,Julho de 1999.
Características da Aprendizagem
Pedagogia
Andragogia
Relação professor/aluno
Professor é o centro das ações, decide o que ensinar,como ensinar e avalia a aprendizagem
A aprendizagem adquire uma característica mais centrada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem
Razoes da Aprendizagem
Crianças (ou adultos) devem aprender o que a sociedade espera que saibam (seguindo um currículo padronizado)
Pessoas aprendem o que realmente precisam saber (aprendizagem para a aplicação pratica na vida diária).
Experiência do aluno
O ensino é didático, padronizado e a experiência do aluno tem pouco valor
A experiência é rica fonte de aprendizagem, através da discussão e da solução de problemas em grupo.
Orientação da Aprendizagem
Aprendizagem por assunto ou matéria
Aprendizagem baseada em problemas, exigindo ampla gama de conhecimentos para se chegar à solução

























Esse artigo tem como elemento de indagação, um impasse conceitual que visa o universo educacional, a diferença entre Andragogia e a Pedagogia, particularmente no período pós Lei de Diretrizes e Bases, publica em 1996.  Apresentaremos  uma reflexão sobre alguns elementos fundantes do campo da Andragogia e a diferença básica com a Pedagogia, vista na amplitude dos processos educacionais.


OS PRINCÍPIOS DA PEDAGOGIA:

A Pedagogia abrange campo teórico-investigativo da educação, do ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social. As atividades do profissional nessa área envolvem a docência, a gestão dos processos educativos em ambientes escolares e não-escolares, e ainda a produção e disseminação de conhecimentos da área da educação.
De acordo com a perspectiva das Diretrizes Curriculares, o profissional de Pedagogia, atua nas seguintes areas:
- docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas do curso de Ensino Médio na modalidade Normal, assim como em Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, além de em outras áreas (educação indigna, de jovens e adultos, de portadores de necessidades especiais, e outras áreas emergentes no campo sócio-educacional, tal como a Educação e Saúde) nas quais conhecimentos pedagógicos sejam previstos;
- gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, que integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e de processos educativos escolares e não-escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à
- coordenação, ao acompanhamento, à avaliação de planos e de projetos pedagógicos, bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas e institucionais na área de educação;
- produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico do campo educacional.

Existem inúmeros teóricos que escrevem sobre a pedagogia. Malcolm Knowles foi um dos primeiros autores a analisar com profundidade as diferenças principais entre a pedagogia (ensino de crianças) e a maneira como o adulto busca o seu conhecimento (andragogia).
 Para descrever sobre a andragogia, é necessário que se conheça os seus princípios, listados abaixo.

OS PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA:

1.    Necessidade de saber: o adulto precisa entender o porquê do aprendizado e qual o ganho que ele terá com o processo. Nesse sentido, é importante demonstrar os gaps e os resultados esperados.
2. Autoconceito: adultos são responsáveis por suas ações e querem ser vistos dessa forma. Portanto, a relação professor-aluno que o coloque em uma posição passiva pode criar um conflito. O educador deve criar experiências que ajudem o participante a fazer a transição de aluno dependente para auto-orientado.
3. O papel das experiências: necessariamente, o adulto chega à sala de aula com muito mais experiência do que uma criança. O aprendizado será muito mais rico e intenso se cada participante sentir a oportunidade de contribuir no processo. O adulto é a sua experiência de vida, portanto, negar sua experiência é negar a pessoa.
4. Prontidão para aprender: o adulto estará mais disposto a aprender as coisas que necessita para atingir resultados positivos em situações reais de seu dia a dia, ou seja, a necessidade gera prontidão. Uma forma de demonstrar isso ao participante pode ser expondo-o a oportunidades de realizar um grande desempenho ou por meio de coaching.
5. Orientação para a aprendizagem: diferentemente da criança, que é orientada para o processo de aprendizado em si, o adulto tem o foco em sua vida, suas tarefas e seus problemas. Ou seja, ele tem disposição para aprender o que dá resultado claro e, preferencialmente, imediato. Dessa maneira, é fundamental demonstrar a aplicação e a utilidade de cada conceito apresentado.
6. Motivação: embora alguns fatores externos possam ser importantes motivadores (melhores salários, promoções, etc.), os aspectos intrínsecos geram uma motivação muito mais ativa. Dessa forma, devem ser levados em conta programas que auxiliem no desenvolvimento de uma maior auto-estima, satisfação no trabalho ou qualidade de vida.
  
Malcom Knowles, aborda comparativamente:

Modelo Pedagógico
Modelo Andragógico
Papelda
Experiência
A experiência daquele que aprende é considerada de pouca utilidade. O que é importante, pelo contrário, é a experiência do professor.
Os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jovens. Em numerosas situações de formação, são os próprios adultos com a sua experiência que constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens.
Vontadede
Aprender
A disposição para aprender aquilo que o professor ensina tem como fundamento critérios e objetivos internos à lógica escolar, ou seja, a finalidade de obter êxito e progredir em termos escolares.
Os adultos estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade para melhor afrontar problemas reais da sua vida pessoal e profissional.
Orientaçãoda
Aprendizagem
A aprendizagem é encarada como um processo de conhecimento sobre um determinado tema. Isto significa que é dominante a lógica centrada nos conteúdos, e não nos problemas.
Nos adultos a aprendizagem é orientada para a resolução de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida cotidiana (o que desaconselha uma lógica centrada nos conteúdos)
Motivação
A motivação para a aprendizagem é fundamentalmente resultado de estímulos externos ao sujeito, como é o caso das classificações escolares e das apreciações do professor.
Os adultos são sensíveis a estímulos da natureza externa (notas, etc), mas são os fatores de ordem interna que motivam o adulto para a aprendizagem (satisfação, auto-estima, qualidade de vida,, etc)


Amélia Hamze diz que: “Andragogia é um caminho educacional que busca compreender o adulto”. Ou seja, a Andragogia significa, “ensino para adultos”.
Andragogia é a arte de ensinar aos adultos, que não são aprendizes sem experiência, pois o conhecimento vem da realidade (escola da vida). O aprendizado é factível e aplicável. Esse aluno busca desafios e soluções de problemas, que farão diferenças em suas vidas. Busca na realidade acadêmica realização tanto profissional como pessoal, e aprende melhor quando o assunto é de valor imediato. O aluno adulto aprende com seus próprios erros e acertos e tem imediata consciência do que não sabe e o quanto a falta de conhecimento o prejudica. Precisamos ter a capacidade de compreender que na educação dos adultos o currículo deve ser estabelecido em função da necessidade dos estudantes, pois são indivíduos independentes autodirecionados.
Na Andragogia, a aprendizagem adquire uma particularidade mais localizada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem, para a aplicação prática na vida diária. Os alunos adultos estão preparados a iniciar uma ação de aprendizagem ao se envolver com sua utilidade para enfrentar problemas reais de sua vida pessoal e profissional.
A circunstância de aprendizagem deve caracterizar-se por um “ambiente adulto”. A confrontação da experiência de dois adultos (ambos com experiências igualadas no procedimento ativo da sociedade), faz do professor um facilitador do processo ensino aprendizagem e do educando um aprendiz, transformando o conhecimento em uma ação recíproca de troca de experiências vivenciadas, sendo um aprendizado em mão dupla.
São relações horizontais, parceiras, entre facilitador e aprendizes, colaboradores de uma iniciativa conjunta, em que os empenhos de autores e atores são somados. A metodologia de ensino e aprendizagem fundamenta-se em eixos articuladores da motivação e da experiência dos aprendizes adultos.
Nesse processo os alunos adultos aprendem compartilhando conceitos, e não somente recebendo informações a respeito. Desta coexistência e participação nos processos de decisão e de compreensão podem derivar contornos originais de resolução de problemas, de liderança, identidades e mudanças de atitudes em um espaço mais significativo.
Em classes de adultos é arriscado assinalar quem aprende mais: se o professor ou o estudante. Na educação convencional o aluno se adapta ao currículo, mas na educação de adulto, o aluno colabora na organização do currículo. A atividade educacional do adulto é centrada na aprendizagem e não no ensino, sendo o aprendiz adulto agente de seu próprio saber e deve decidir sobre o que aprender. Os adultos aprendem de modo diferente de como as crianças aprendem. Portanto é essencial que os métodos aplicados também sejam distintos. A finalidade é o de propor como o adulto aprende, não avaliar sua capacidade de aprendizagem. A aprendizagem procede mais da participação em tarefas , do estudo em grupo e da experiência. O papel do educador é facilitar a aprendizagem, enfatizando, nesse procedimento, a bagagem de informação trazida por seus educandos.
Conforme mencionado pelo professor Roberto Giancaterino,  “os conceitos inerentes ao modelo andragógico têm subjacente, uma definição de adulto que implica a capacidade de este ser responsável por si próprio nos diferentes contextos de vida.”
Neste sentido, a educação de adulto será através de situações e não de disciplinas. Infelizmente o nosso sistema acadêmico cresce em ordem inversa: disciplinas e professores constituem o centro educacional. Na educação convencional, com a utilização da pedagogia, é exigido do estudante ajustar-se ao currículo estabelecido; na educação de adulto, com a utilização da andragogia, o currículo é construído em função da necessidade do estudante. Neste interim, todo adulto se vê envolvido com situações específicas de trabalho, de lazer, de família, da comunidade, etc. – situações essas que exigem ajustamentos.
O adulto começa nesse ponto. As matérias (disciplinas) só devem ser introduzidas quando necessárias. Textos e professores têm um papel secundário nesse tipo de educação; eles devem dar a máxima importância ao aprendiz.
Os adultos são conscientes de suas decisões de vida e esperam ser tratados pelos demais como indivíduos capazes de se autogerir. Esta atenção não pode faltar também a outros aspectos que se relacionam com o perfil do estudante adulto.
Ante ao exposto, denota-se salientar que, para se atender as expectativas do público adulto – é necessário que sejam introduzidos o conceitos andragógico nos currículos e abordagens didáticas dos cursos superiores.
Os acadêmicos precisarão de que lhes seja dito o que aprender e lhes seja indicado o melhor caminho a ser seguido. Mas devem ser estimulados a trabalhar em grupos, a desenvolver idéias próprias, a desenvolver um método pessoal para estudar, a aprender como utilizar modo crítico e eficiente, os meios de informação disponíveis para seu aprendizado.

CONCLUSÃO

Neste século, vivemos diante de uma economia com mudanças constantes e em todas as áreas. Quanto mais céleres as mudanças, maior o seu impacto sobre os estudantes em geral, porque eles têm que se adaptar rapidamente à nova situação.
 É esse processo de adaptação contínua que garante a sobrevivência e o desenvolvimento acadêmico. Essa capacidade do estudante de conduzir o seu próprio destino e de modificar o ambiente que o cerca deve-se a sua capacidade de decidir, de mudar, de reaprender e de aprender a aprender.
 A concepção do aprender a aprender como um processo evolutivo, coloca nas decisões dos estudantes autiais a capacidade e a responsabilidade de ser um co-construtor de um projeto de futuro desejado. A convivência com o excesso de informações e sensações impostas pelo mundo atual não lhe deixa outra alternativa que não a de desenvolver essa habilidade de “aprender a aprender”.
 Assim, as instituições de ensino superior precisam estimular no estudante o autodidatismo, a capacidade de autoavaliação e autocrítica, as habilidades profissionais, a capacidade de trabalhar em equipes.
Necessita-se enfatizar a responsabilidade pessoal pelo próprio aprendizado e a necessidade e capacitação para a aprendizagem continuada ao longo da vida. Estes, os princípios da andragogia, que levam em consideração a vivência do estudante no processo de ensino-aprendizagem.

PRINCIPAIS TEÓRICOS:

Malcolm Knowles é o autor que desenvoveu a Andragogia. Em sua teoria, ele considera pontos interessantes e bastante atuais que evidenciam por que um aluno se envolve ou não em um processo de aprendizado. Isso inclui a valorização de experiências já vividas, a forma como o próprio adulto se enxerga dentro de sala de aula, quais são as expectativas e motivações e como isso se dá na “vida real”, de volta ao ambiente de trabalho.
Exploramos também a abordagem de outros autores para conceber novas tecnologias de aprendizagem. Bob Pike propõe uma série de dinâmicas para que o instrutor saiba aproveitar os diferentes níveis de conhecimento de cada aluno dentro de um grupo. O LAB utiliza estes parâmetros para promover aulas mais interessantes e participativas. Já David Kolb sugere a utilização de experiências como mediadora entre o aprendizado e a vida real do participante, para consolidar o conteúdo estudado. O LAB se apóia neste conceito para incentivar a reflexão, a observação e realização de atividades vivenciais que transportam a teoria para a prática.

BIBLIOGRAFIA

COELHO, J. Augusto, 1861-1927 – Princípios de pedagogia/J. Augusto Coelho. – São Paulo : Teixeira & Irmão, 1891-1893. – 4 v.;23 cm;
ANDRAGOGIA, Lab.ssj – Laboratório de Negócios – http://www.labssj.com.br/site/st_index.asp?COD_CONTEUDO=71;
HAMZE, Amélia, Canal do Educador, trabalho de docente – http://www.educador.brasilescola.com/trabalho-docente/andragogia.htm.

Fontes Adicionais:

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