sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

MODELO DE UM PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) IDEAL SEGUNDO SUPERDOTADO ÁLAZE GABRIEL

Blog “Educação, Didática, Pedagogia e Andragogia”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com.br/

Autoria:
 Superdotado Álaze Gabriel. Atualmente Operador de Processamento de Dados, Blogger e Escritor.

EM CONSTRUÇÃO.





ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA INSTRUTORES


Blog “Educação, Didática, Pedagogia e Andragogia”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com.br/

 


DICAS PARA REDUZIR A ANSIEDADE: PREOCUPAÇÕES MAIS COMUNS, COMO EVITÁ-LAS?

Nervosismo excessivo

Você não consegue relaxar; esquece o que ia dizer e perde o fio da meada. Prepare-se antes, ensaiando diante de um espelho e, se possível, no local da apresentação. Veja se as anotações estão claras, para quando precisar consultá-las. 

Platéia entediada
 
Quando o público perde o interesse, começam as conversas paralelas e a própria forma como as pessoas se sentam nas cadeiras (se esparramando) já dão indicativos de que estão entediadas. Assegure-se de que tudo que tem a dizer é relevante. Se não for, corte. Seja dinâmico, variando a velocidade da apresentação. Sempre olhe nos olhos do público. 

Platéia hostil

 Você se sente acuado. As perguntas do público são em tom agressivo. Mantenha-se calmo e gentil. Caso a platéia tenha conhecimento especializado da matéria, faça concessões. Redirecione perguntas para o público. 

Falha de equipamento

 O equipamento entra em pane ou, por alguma razão, você não consegue operá-lo. Procure dominar a tecnologia que você pretende usar. Verifique antes da apresentação se o equipamento está funcionando e tenha alternativas para ocaso de falhas. 

CONCEITOS BÁSICOS
 
ANDRAGOGIA – a arte e ciência de orientar adultos a aprender.

•DIDÁTICA – técnica de dirigir e orientar a aprendizagem. Técnica de ensino. Adidática deve questionar por que ensinar, o que ensinar, a quem ensinar, comoensinar e com que ensinar.

EDUCAÇÃO CORPORATIVA – é aquela onde o foco não está no ensino e sim, numprocesso de aprendizagem eficaz, capaz de mudar os modelos mentais existentes, embusca da melhoria de desempenho no trabalho.

EDUCAÇÃO CONTINUADA – processo gradativo de desenvolvimento que, atravésda reflexão, do confronto de idéias, do desafio e da ludicidade leva a mudança. Éoferecer e conjugar diferentes modalidades educacionais que estejam alinhadas aospropósitos das empresas, ao ritmo do dia-a-dia, a competitividade do negócio.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – processo de desenvolvimento da capacidadeprofissional dos indivíduos visando a melhor integração, satisfação pessoal edesempenho.

•ENSINO – processo deliberado de facilitar o processo ensino-aprendizagem bem como o crescimento intelectual e moraldas outras pessoas, fornecendo-lhes situações planejadas, de tal modo que osaprendizes vivam as experiências necessárias a fim de produzirno meio em que vivem asmodificações desejadas, de uma maneira mais ou menos estável. (Bordenave &Pereira, op cit).

•FACILITADOR/INSTRUTOR – como o próprio nome diz é o queFACILITA o processo ensino-aprendizagem respeitando as individualidades de cada um,alcançando os objetivos propostos.

•MÉTODO – caminho para se chegar a um determinado lugar.

PEDAGOGIA – teoria e ciência da educação e do ensino. Conjunto de doutrinas,princípios e métodos de educação e instrução, que tendem a um objetivo prático.

PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM – é a forma de efetivar a aquisição deconhecimento por parte do treinando. Como fazer ocorrer o ensinar e o aprender.

RECURSOS INSTRUCIONAIS – é todo material ou equipamento de apoio para oefetivo desenvolvimento de uma aula.

TÉCNICAS DE ENSINO – são as dinâmicas que serão utilizadas com os treinandosdesenvolvendo os conteúdos para que haja uma efetiva realização do processoensino-aprendizagem.

TREINAMENTO –“processo de ajudar os empregados a adquirir eficiência no seutrabalho presente e futuro, através de apropriados hábitos de pensamento e ação,habilidades, conhecimentos e atitudes”. (Milton Hall)

BIOGRAFIA DE JEAN PIAGET (1896)

Em 09 de agosto, na cidade suíça de Neuchâtel, nasce Piaget. 1907– Com 10 anos, publica na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza deNeuchâtel, um artigo com estudos sobre um pardal branco. 1915– Forma-se em Biologia pela Universidade de Neuchâtel.
1918:torna-se doutor. Sua tese foi sobre moluscos. Muda-se para Zurique paraestudar Psicologia (principalmente psicanálise).
1919:muda-se para a França. Ingressa na Universidade de Paris. É convidado atrabalhar com testes de inteligência infantil.
1921:a convite do psicólogo da educação Edouard Claparède (Escola Nova) passaa fazer suas pesquisas no Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, destinadoà formação de professores.
1923:lança seu primeiro livro: A Linguagem e o Pensamento da Criança.
1924:casa-se com Valentine Châtenay, uma de suas assistentes, com quem tevetrês filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laureni (1931).
1925:começa a lecionar Psicologia, História da ciência e Sociologia em Neuchâtel.
1929:em Genebra passa a ensinar História do Pensamento Científico.Assume o Gabinete Internacional de Educação (dedicado a estudos pedagógicos).
Anos 30:escreve vários trabalhos sobre as primeiras fases do desenvolvimento,muitos deles inspirados na observação de seus três filhos.
1941:com as pesquisadoras Bärbel Inhelder e Alina Szeminska, publica trabalhossobre a formação dos conceitos matemáticos e físicos.
1946:participa da elaboração da Constituição da UNESCO, órgão das Naçõesunidas para a Educação, Ciência e Cultura. Torna-se membro do conselho executivo e atua várias vezes como subdiretor geral responsável pelo Departamento de Educação.
1950: publica a primeira síntese de sua teoria do conhecimento: Introdução àEpistemologia Genética.
1952:é convidado a lecionar na Universidade de Sobonne, em Paris, sucedendoao filósofo Merleau-Ponty.
1955:em Genebra, funda o Centro Internacional de Epistemologia Genética,destinado a realizar pesquisas interdisciplinares sobre a formação da inteligência.
1967: escreve a principal obra de sua maturidade: Biologia e Conhecimento.
1980: em 16 de setembro morre Piaget em Genebra.Observação: Biografia retirada da reportagem "Jean Piaget", escrita pela jornalistaJosiane Lopes, da revista Nova Escola, ano XI, nº 95, de agosto de 1996.

ANDRAGOGIA (M. KNOWLES)

Visão Geral: a teoria de andragogia de Knowles é uma tentativa para desenvolver uma teoriaespecífica para o aprendizado relacionado a pessoas adultas. Knowles enfatiza queadultos são auto direcionados e esperam ter responsabilidade para tomar decisões.Os programas de aprendizado adulto precisam se adaptar a esse aspectofundamental.A andragogia faz as seguintes suposições sobre o modelo de aprendizado: (1)Adultos precisam saber por que têm de aprender algo (2) Adulto precisam aprenderexperimentalmente, (3) Adultos abordam o aprendizado como resolução deproblemas e (4) Adultos aprendem melhor quando o tópico é de valor imediato.Em termos práticos, andragogia significa que a instrução para adultos precisafocalizar mais o processo e menos o conteúdo que está sendo ensinado.Estratégias, como estudos de casos, encenações, simulações e autoavaliação sãomais úteis. Os instrutores adotam um papel de facilitador ou fonte, em vez de conferencista ou grader.

Âmbito/Aplicação: a andragogia se aplica a qualquer forma de aprendizado para adultos e tem sidoextensivamente usada no modelo de programas de treinamentos organizacionais(especialmente para domínios "soft skill" - habilidade sensível – como desenvolvimento gerencial). Exemplo:Knowles (1984, Appendix D) fornece um exemplo de aplicação dos princípios daandragogia para o modelo de treinamento em computador pessoal:1. Existe uma necessidade de explicar porque coisas específicas estão sendoensinadas (e.g., certos comandos, funções, operações etc.)2. A instrução precisa ser orientada para o trabalho, em vez de ser direcionada paraa memorização - as atividades de aprendizado devem estar no contexto detarefas comuns a serem realizadas.3. A instrução deve considerar a grande faixa de diferentes backgrounds dosaprendizes; os materiais e as atividades de aprendizado devem levar em contaos diferentes níveis/tipos de experiência anterior com computadores.4. Como adultos são auto-direcionados, a instrução deve permitir que aprendizesdescubram as coisas por si sós, fornecendo orientação e ajuda quando erros sãocometidos.(Ver computadores para uma discussão adicional deste tópico). Princípios:1. Adultos precisam estar envolvidos no planejamento e avaliação de suas instruções.2. Experiência (inclusive erros) fornece a base para as atividades de aprendizado.3. Adultos são mais interessados em aprender matérias que têm relevância imediata para seu trabalho ou vidapessoal.4. O aprendizado adulto é centralizado no problema, em vez de ser orientado para oconteúdo.
Fonte:Knowles, M. (1975). Self-Directed Learning. Chicago: Follet.Knowles,M. (1984). The Adult Learner: A Neglected Species (3rd Ed.). Houston, TX: Gulf Publishing.Knowles, M. (1984).Andragogy in Action. San Francisco: Jossey-Bass.

APRENDIZADO ADULTO (P. CROSS)

Visão Geral:Cross (1981) apresenta o modelo Characteristics of Adults as Learners(Características dos Adultos como Aprendizes) (CAL) no contexto de sua análise deprogramas de aprendizado de toda a vida. O modelo tenta integrar outras estruturasteóricas de aprendizado de adultos, como a andragogia (Knowles), aprendizadoexperimental (Rogers) e psicologia lifespan.O modelo CAL consiste de duas classes de variáveis: características pessoais ecaracterísticas situacionais. As características pessoais incluem: idade, fases da vidae estágios de desenvolvimento. Estas três dimensões têm diferentes característicasno que concerne ao aprendizado de toda a vida. A idade resulta na deterioração decertas habilidades sensoriais-motoras (e.g., vista, audição, tempo de reação),enquanto habilidades de inteligência (e.g., habilidades de tomar decisões, raciocínio,vocabulário) tendem a melhorar. As fases da vida e estágios de desenvolvimento(e.g., casamento, mudanças de emprego, aposentadoria) envolvem uma série deplatôs e transições que pode ou não estar diretamente relacionada à idade.As características situacionais consistem em aprendizado em tempo parcial versusaprendizado em tempo integral; e aprendizado voluntário versus aprendizadocompulsório. A administração do aprendizado (i.e., horários, locais, procedimentos) éfortemente afetada pela primeira variável; a segunda é pertinente à naturezaautodirecionada e centralizada no problema da maioria dos aprendizados de adulto.

Âmbito/Aplicação: o modelo CAL está destinado a fornecer diretrizes para programas educacionaispara adultos. Não existe nenhuma pesquisa conhecida que sustente o modelo. Exemplo: considere três adultos: uma estudante de enfermagem, um pai recente e umaassistente social de meia-idade, que vão fazer um curso sobre desenvolvimentoinfantil. Cada um destes indivíduos difere em idade (20,30,40) e vida/fases dedesenvolvimento (adolescente/procurando, jovem/se esforçando, maduro/estável).Eles também diferem em termos de características situacionais: para a estudante deenfermagem, o curso é em tempo integral e compulsório; para o pai, o curso é demeio-período e opcional; para a assistente social, o curso é de meio-período, mas necessário. Princípios:1. Programas de aprendizado para adultos devem tirar partido da experiência dosparticipantes.2. Programas de aprendizado para adultos devem se adaptar às limitações de idadedos participantes.3. Adultos devem ser desafiados a se mover cada vez mais para estágios avançadosde desenvolvimento pessoal.4. Adultos devem ter tantas escolhas quanto possível em relação à disponibilidade eorganização de programas de aprendizado.

Fonte: Cross, K.P. (1981). Adults as Learners. San Francisco: Jossey-Bass.Cross, K.P. (1976). Accent on Learning. San Francisco: Jossey-Bass.

CONDIÇÕES DE APRENDIZADO (R. GAGNE)

Visão Geral: esta teoria estipula que existem diferentes tipos ou níveis de aprendizado. A importância destas classificações éque cada tipo requer diferentes tipos de instrução. Gagne identifica cinco categorias principais de aprendizado:informação verbal, habilidades intelectuais, estratégias cognitivas, habilidades motoras e atitudes. Condiçõesinternas e externas diferentes são necessárias para cada tipo de aprendizado. Por exemplo: a fim de que estratégiascognitivas sejam aprendidas, é preciso existir uma chance para se praticar o desenvolvimento de novassoluções para os problemas. Para aprender atitudes, a pessoa precisa ser exposta a um modelo verossímil depapel, ou a argumentos persuasivos.Gagne sugere que tarefas de aprendizado para habilidades intelectuais podem serorganizadas em uma hierarquia, de acordo com a complexidade: reconhecimento deestímulo, geração de resposta, seguir procedimentos, uso da terminologia,discriminações, formação de conceito, aplicação de regras e resolução deproblemas. A importância primária da hierarquia é identificar os pré-requisitos quedevem ser completados para facilitar o aprendizado em cada nível. Os pré-requisitossão identificados por meio de uma análise da tarefa de um trabalho deaprendizado/treinamento. As hierarquias de aprendizado fornecem uma base para aseqüência de instrução.Além disso, a teoria esboça nove eventos de instrução e processos cognitivoscorrespondentes:(1) obter atenção (recepção)(2) informar o objetivo para os aprendizes (expectativa)(3) estimular a lembrança do aprendizado anterior (recuperação)(4) apresentar o estímulo (percepção seletiva)(5) fornecer orientação de aprendizado (código semântico)(6) obter desempenho (resposta)(7) fornecer feedback (reforço)(8) avaliar o desempenho (recuperação)(9) aumentar a retenção e a transferência (generalização).Estes eventos devem satisfazer ou fornecer as condições necessárias para oaprendizado e servir como base para criar a instrução e selecionar os meiosapropriados (Gagne, Briggs & Wager, 1992).

Âmbito/Aplicação: embora a estrutura teórica de Gagne cubra todos os aspectos do aprendizado, ofoco da teoria está nas habilidades intelectuais. A teoria foi aplicada para criarinstruções em todos os domínios (Gagner & Driscoll, 1988). Em sua formulaçãooriginal (Gagne, 1962), uma atenção especial foi dada para os quadros detreinamento militar. (Gagne 1987) direciona o papel da tecnologia de instrução noaprendizado.Exemplo: o seguinte exemplo ilustra uma seqüência de ensino correspondendo aos noveeventos de instrução para o objetivo: reconhecer um triângulo equilátero.1. Obter atenção - mostrar uma variedade de triângulos gerados em computador.2. Identificar o objetivo - fazer a pergunta: "O que é um triângulo equilátero?".3. Relembrar o aprendizado anterior - rever definições de triângulos.4. Apresentar o estímulo - dar a definição do triângulo equilátero.5. Guiar o aprendizado- mostrar exemplos de como criar equiláteros.6. Obter desempenho - pedir para os alunos criarem cinco exemplos diferentes.7. Fornecer feedback - verificar todos os exemplos como correto/incorreto.8. Avaliar o desempenho- fornecer pontos e remediation.9. Aumentar retenção/transferência - mostrar figuras de objetos e pedir para osalunos identificarem equiláteros (Gagne 1985, chapter 12) fornece exemplos deeventos para cada categoria de resultados de aprendizado.Princípios:1. Uma instrução diferente é necessária para diferentes resultados de aprendizado.2. Os eventos de aprendizado operam no aprendiz em modos que constituem ascondições de aprendizado.3. As operações específicas que constituem os eventos de instrução são diferentespara cada tipo diferente de resultado de aprendizado.4. As hierarquias de aprendizado definem quais as habilidades intelectuais devemser aprendidas e uma seqüência de instrução.

DISSONÂNCIA COGNITIVA (L. FESTINGER)

Visão Geral: de acordo com a teoria de dissonância cognitiva, existe uma tendência nos indivíduos de procurar uma coerência entre suas cognições (convicções, opiniões). Quando existe uma incoerência entre atitudes ou comportamentos (dissonância), algo precisa mudar para eliminar a dissonância. No caso de uma discrepância entre atitudes ecomportamento, é mais provável que a atitude vai mudar para acomodar o comportamento.Dois fatores afetam a força da dissonância: o número de convicções dissonantes e aimportância atribuída a cada convicção. Existem três maneiras de eliminar adissonância: (1) reduzir a importância das convicções dissonantes, (2) acrescentarconvicções mais consoantes que se sobreponham às convicções dissonantes ou (3)mudar as convicções dissonantes para que elas não sejam mais incoerentes.A dissonância ocorre mais freqüentemente em situações onde um indivíduo precisaescolher entre duas convicções ou ações incompatíveis. A maior dissonância écriada quando as duas alternativas são igualmente atraentes. Além disso, amudança de atitude está mais provavelmente na direção de menos estímulo, já queisto resulta em menor dissonância. Neste aspecto, a teoria da dissonância écontraditória em relação à maioria das teorias comportamentais que predizem umamaior mudança de atitude com estímulo aumentado (isto é., reforço).

Âmbito/Aplicação: a teoria da dissonância se aplica a todas as situações envolvendo formação emudança de atitude. Ela é especialmente relevante para tomada de decisões eresolução de problemas.Exemplo: considere alguém que compra um carro caro, mas descobre que ele não éconfortável em passeios longos. A dissonância existe entre suas convicções de queele comprou um bom carro e que um bom carro deve ser confortável. A dissonânciapode ser eliminada decidindo-se que isto não importa, já que o carro éprincipalmente usado para viagens curtas (reduzindo a importância da convicçãodissonante) ou focalizando-se as virtudes do carro, como segurança, aparência,manuseio (acrescentando desse modo mais convicções consoantes). A dissonânciatambém pode ser eliminada desembaraçando-se do carro, mas este comportamentoé mais difícil de ser realizado do que mudar as convicções.Princípios:1. A dissonância acontece quando um indivíduo precisa escolher entre atitudes ecomportamentos que são contraditórios.2. A dissonância pode ser eliminada reduzindo-se a importância das convicçõesconflitantes, adquirindo novas convicções que mudam o balanço, ou removendo aatitude ou comportamento conflitante.

Fonte: Behm, J. & Cohen, A. Explorations in Cognitive Dissonance. New York: Wiley.Festinger, L. (1957). A Theory of Cognitive Dissonance. Stanford, CA: Stanford University Press.

APRENDER COMO SE APRENDE TAMBÉM É TAREFA DO INSTRUTOR

O emprego de profissionais experientes para atuarem como instrutores é umaprática comum e recomendável nas empresas. Mas o que vemos, com frequência,são treinamentos ministrados por profissionais com experiência comprovada naparte técnica, mas que desconhecem como ensinar.Prejuízos ocorrem? Com certeza.
Os que mais nos chamam a atenção:

•desperdício de conhecimento, de tempo e de material;
•desgaste da imagem do profissional que se propõe a ministrar o curso;
•frustração e desgaste do Setor de Treinamento;
•frustração quanto aos resultados esperados, tanto para o instrutor quanto para o treinando - as necessidades que geraram o treinamento não são plenamente atendidas.

Não se improvisa com treinamento. As empresas que buscam produtividade e qualidade em seus produtos e serviços necessitam priorizar a preparação de seus instrutores para que eles possam, nos treinamentos, conseguir os resultados necessários. O profissional que ensina precisa aprender como as pessoas aprendem, para que possa decidir o que ensinar e o como ensinar.Mas, antes de tomar essas decisões, é preciso ter em mente algumas considerações sobre o ensinar e o aprender.O ensinar vai além “da boa vontade do profissional“ ou “do seu grande conhecimento técnico”. E o aprender exige do treinando muito mais do que “a vontade de...” ou “a necessidade de...”. Tanto quem ensina quanto quem aprende têm responsabilidades no processo ensino-aprendizagem.Sendo a aprendizagem um processo pessoal e interno, as pessoas aprendem, não apenas pelas explicações que recebem, mas, principalmente, pelas oportunidades que lhes são oferecidas para praticar o que lhes está sendo ensinado. Esta,portanto, é a razão da importância das atividades realizadas durante a instrução;elas irão criar esta oportunidade para o treinando praticar, além de permitir ao instrutor verificar se o que foi explicado foi aprendido. Estas atividades são meios facilitadores da aprendizagem, e devem ser muito bem pensadas pelo instrutor ao planejar o treinamento que irá ministrar.Ao instrutor cabe a responsabilidade não só de transmitir conhecimentos, como também a de facilitar o processo de aprendizagem. O velho paradigma da Educação “eu ensinei, mas o aluno não aprendeu porque não quis” deve ser substituído com urgência em prol da aprendizagem. Experiências mostram que “se o professor ensina, o aluno aprende”(logicamente, desde que atendidas as condições básicas para que a aprendizagem ocorra: o treinando querer aprender, domínio dos pré-requisitos e planejamento criterioso dos eventos que serão desenvolvidos em situação de ensino).Quando o aluno não aprende, não devemos trabalhar com acusações improdutivas: “culpa do aluno que...”, “culpa do professor que...”. Quando os resultados previstos não são atingidos, algo não ocorreu como deveria ou da parte do aluno ou do professor ou de ambos. O importante é identificar o que deve ser replanejado para que os resultados se tornem satisfatórios para todos.

“O QUE FAZER PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM DO TREINANDO?”

Aí está um dos grandes desafios para o instrutor.Uma das causas que tem levado muitos treinamentos a resultados aquém do esperado é que o profissional escolhido para ministrar um treinamento frequentemente privilegia o conteúdo que deseja transmitir e não a aprendizagem.
Esta preocupação se reflete, por exemplo, quando as primeiras questões que o afligem são: “O que é que eu vou falar para o pessoal?”, “o que é que eu vou escrever na apostila?”. A preocupação é tanta que geralmente, a apostila costuma ficar pronta antes mesmo do planejamento do curso ou aula. Estas preocupações são válidas e necessárias, mas não devem anteceder o planejamento.A preocupação primordial do instrutor deve ser com os resultados que deseja obter com aquela situação de ensino. Só a partir daí, é que ele deve determinar as estratégias para proporcionar a aprendizagem e avaliar se a mesma está ocorrendo.A Empresa necessita de instrutores que estejam preocupados em proporcionar mudanças de desempenho.Devemos agir como propõe o processo ensino-aprendizagem: o ensinar e o aprender devem ser trabalhados em conjunto, isto é, instrutor e treinando trabalhando para alcançar os resultados esperados.Uma certeza nós temos: as empresas modernas e competitivas precisam, cada vez mais, utilizar seus profissionais com maior experiência para disseminar conhecimentos.Ensinar, porém, não permite amadorismos. O profissional que vai atuar como instrutor necessita receber fundamentos de como ensinar, para embasar sua prática. Um instrutor que saiba o que fazer, como fazer e porque fazer é necessidade urgente e imperativa, para que os resultados dos treinamentos sejam mais eficazes.Artigo escrito por Norma Barucke e Carlos Augusto C. Marcondes - Diretores da MBS Treinamento e Consultoria - Rio de Janeiro.

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO OU CAPACITAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS

Hoje, em virtude da velocidade com que ocorrem as necessidades humanas, os interesses, os fatos e as mudanças, se faz necessário um constante aperfeiçoamento do quadro funcional de qualquer empresa sendo ela Pública ou Privada. Este aperfeiçoamento é fator de sobrevivência da mesma.A demanda de solicitações pela sociedade moderna exige uma atualização permanente, o que obriga a realização de cursos e treinamentos visando a cada servidor um constante aprender a aprender, ou seja, a conscientização de que nada mais é estável, sólido, estático; o que se defronta é o movimento e a ação para a mudança.As organizações Públicas estiveram por muito tempo alheias à atualização dos seus quadros funcionais, dentro de um ponto de vista mais amplo.A atualidade exige um quadro de servidores operante, preparado para o presente,com uma bagagem intelectual significativa, pois estamos vivendo numa época onde o saber é fator primordial, aliado à efetiva aplicação prática em direção aos objetivos propostos.Como Instituição pública, o IBGE está a serviço da sociedade, e, pelas suas características sociais, torna-se necessário um quadro funcional consciente de seu papel, qualificado e permanentemente atualizado.

O PAPEL DO FACILITADOR

O papel do FACILITADOR é tornar realidade, com eficiência e eficácia, o processo ensino-aprendizagem motivando o grupo de treinandos para o desejo de aprender,tornando em excelência a tarefa ou o trabalho a ser realizado.O Facilitador não deve esquecer sua condição, e nem a dos treinandos, de seres humanos, respeitando as qualidades e as limitações. Todos têm algo a ensinar e a aprender, ou seja, a troca de experiências é que enriquece o laboratório da sala do treinamento, principalmente quando se trata de treinandos adultos.

QUALIDADES DO FACILITADOR

•Gostar de transmitir e receber conhecimento e ter interesse pela prática de ensino.
•Ter prazer em auxiliar os outros.
•Ter auto-estima e postura profissional.
•Procurar falar e escrever corretamente.
•Manter-se atualizado no papel de instrutor e na matéria que ensina.
•Ter noção de planejamento e organização.
•Saber preparar a aula ou o conteúdo a ser ministrado.
•Saber estimular os treinandos para a aprendizagem.
•Procurar lançar desafios.
•Diversificar os métodos de ensino.
•Adaptar seus métodos ao nível dos treinandos e preocupar-se com as necessidades individuais.
•Evitar vícios de linguagem ou cacoetes de fundo nervoso.
•Procurar fazer com que o processo ensino-aprendizagem seja alcançado de uma forma hábil, com os recursos adequados, explorando o maior número de sentidos humanos.
•Falar de forma clara, objetiva, segura, sem menosprezar ou ridicularizar.
•Verificar as dificuldades coletivas e individuais do grupo de treinandos e procurar solucioná-las.
•Gostar do convívio e das relações sociais.
•Ter sensibilidade, entusiasmo e senso de humor.
•Ter espírito de coletividade.
•Ter autoconfiança e maturidade.

ATRIBUIÇÕES DO FACILITADOR

•Participar do planejamento, organização e elaboração do treinamento.
•Transmitir conhecimentos profissionais aos treinandos em conteúdos de suaespecialização.
•Avaliar os treinandos através de instrumentos devidamente planejados para essefim.
•O instrutor/facilitador deve provocar no treinandoa necessidade de aprender.

ANDRAGOGIA: OS ADULTOS FRENTE A APRENDIZAGEM

A experiência pessoal do adulto é condicionante de toda atividade de aprendizagem.Aprendizagem é para Piaget, uma aquisição de conhecimentos. Não se concebesem uma prévia estrutura interna de equilíbrio, que cria a capacidade de aprender eestruturar a aprendizagem. Piaget distingue aprendizagem de inteligência porqueesta toma seu próprio ritmo de desenvolvimento.Toda aprendizagem é uma troca que é incorporada na conduta do indivíduo. Osadultos são indivíduos maduros e devem ser tratados como tais; necessitam que selhes apresentem experiências vitais durante o processo de aprendizagem e digaaquilo que:

Resulta algo significativo e funcional
Pode ser aproveitado para atitudes futuras.
Leva em conta, a experiência adquirida pelo adulto.Os estudos evidenciam que os adultos tendem a aprender melhor em situações degrupo, preparados de tal maneira que proporcionem satisfação e sucesso aosindivíduos.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA APRENDIZAGEM DOS ADULTOS

Merecem primordial atenção os fatores que rodeiam o indivíduo em sua vida diária eque tendem a inibir a aprendizagem.
O conceito que o adulto tem de si mesmo pode afetar o processo de ensino-aprendizagem. Tal conceito apresenta-se de três aspectos.
• O que ele pensa que é;
• O que os outros pensam dele, e
•O que realmente ele é.O adulto, em geral, tem consciência da primeira e terceira situação, no entanto asegunda é imposta, com vantagens ou sérios inconvenientes.

Fatores Internos:estão fora da influência do instrutor/facilitador.Algumas das manifestações negativas do conceito de si mesmo, dos adultos são:
• apatia frente a aprendizagem;
• timidez ao estar com outros que possuem um nível de educação mais elevado;
• temor de ser preterido;
• falta de confiança com sua própria capacidade;
• sensação de estar ameaçado quando se depara com o desconhecido;
• achar mais fácil abandonar uma situação de aprendizagem, que permanecer nelae encarar os problemas que se apresentam;
• desilusão rápida se o êxito na aprendizagem não for imediato;
• temor no enfrentamento com outros, em uma situação de aprendizagem.Além dessas manifestações relacionadas ao conceito de si mesmo, podemos citar:
• experiência;
• grau de inteligência;
idade;
• impaciência;
• interesse e decisão pessoal;
• memória;
• motivação;
• necessidade de afetividade;
• talentos naturais.

Fatores Externos:podem ser influenciados pelas atitudes e habilidades doinstrutor/facilitador.Um ambiente tolerante, flexível, fraterno e amistoso promove uma maioraprendizagem e satisfação por parte dos participantes.Este ambiente é criado pelo lugar onde se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, onde é realizado o treinamento. Ornamentação, ventilação,temperatura adequada, comodidade dos assentos, etc., são importantes, porém, ofundamental é a atitude do facilitador.As principais atitudes, tanto em nível pessoal como de equipe são:

•Recepcionar calorosamente os participantes para que se sintam confortáveis eacolhidos desde o primeiro momento;
•Respeitarcada um em sua própria singularidade ou individualidade, o que nãoimpede exigir uma postura educada;
•Ter clareza dos objetivos da atividade, que quer aprender o adulto participante,pondo o processo de ensino-aprendizagem e os conteúdos a serem ministradosa seu serviço;
•Agradecer e valorizar a participação, o trabalho, os apartes (contribuições) decada um dos adultos.O ideal é que todo facilitador esteja familiarizado com os princípios da psicologia dotrabalho com adultos, para planejar a criação do ambiente adequado e assumir asatitudes que contribuem com ele.Outros fatores externos a serem considerados são:

Inibição e obstáculos
•a mente do participante está voltada para outros assuntos;
•problemas de saúde;
•finalidade do estudo.

Duração (tempo)
•muito curto: não atinge o máximo de atenção;
•muito longo: ultrapassa o período de atenção constante;
•pausas muito breves: não proporcionam um descanso necessário;
•pausas muito longas: esfriam/dispersam muito a atenção.

Atividade
•quanto mais se participa, mais se aprende;
•a variedade de meios de acesso aos conhecimentos ou a prática multiplicaas possibilidades de aprender.

Capacidade de aplicação e transferência
•aprender, não para repetir em outra oportunidade, senão para utilizá-lo emmomento apropriado, adaptando e incorporando o estilo e a vivência.

Trabalho em grupo
•a forma como funciona varia segundo o tamanho do grupo, o nível deconhecimentos prévios e a confiança mútua do grupo. Piaget disse que o objeto da educação é criar homens capazes de fazer coisasnovas, não repetir simplesmente o que fizeram outras gerações, homens criativos,inventivos e descobridores, estimando que a aprendizagem é um dos pilares daeducação.

PERCENTAGENS DE RETENÇÃO MNEMÔNICA

COMO APRENDEMOS

1% Através do gosto
1,5% Através do tato
3,5% Através do olfato
11 % Através da audição
83% Através da visão

PORCENTAGENS DOS DADOS RETIDOS PELOS ESTUDANTES

10 % Do que leem
20 % Do que escutam
30 % Do que veem
50 % Do que veem e escutam
70 % Do que dizem e discutem
90 % Do que dizem e logo realizam

MÉTODO DE ENSINO: DADOS RETIDOS

DEPOIS DE 3h DA ABSORÇÃO DO CONHECIMENTO

Somente oral - 70%
Somente Visual - 72%
Oral e visual simultaneamente -  85%

Fonte: Carvalho, Antônio Vieira de. Treinamento de Recursos Humanos, SãoPaulo: Pioneira, 1988.

COMUNICAÇÃO

É definida como o processo de passar informação e compreensão de uma pessoapara outra. Deve-se sempre observar se não houve falhas no processo decomunicação, isto é, se o que foi compreendido pelo receptor foi realmente o que foipassado. Em caso de dúvidas, deve-se repetir e explicar até que seja entendida,para evitar que hajam distorções.Um emissor de informações tem pouco ou nenhum controle sobre o que ocorre coma sua mensagem, uma vez que a tenha transmitido, portanto, tem aresponsabilidade de esforçar-se para que ela seja bem compreendida. Do contrário,os problemas, resultantes de uma comunicação falha, não faltarão e irão influir sobresua habilidade para estabelecer uma boa comunicação com os demais.Um conteúdo mal transmitido influi no aprendizado. Os indivíduos seguramenteexperimentarão mais dificuldades para compreender o conteúdo, necessitarão maistempo para aprender e recordarão menos.Os facilitadores são emissores e receptores. Eles exercem uma grande influênciasobre a forma com que comunicam e processam a instrução. O modelo decomunicação e a utilização das habilidades de escutar ativamente, podem facilitar aabertura e a clareza entre as pessoas. Facilidade de expressão é essencial paraque o intercâmbio de informações ocorra de maneira conveniente.

O MODELO BÁSICO DA COMUNICAÇÃO

Para que haja a comunicação, é necessário haver, pelo menos, um emissor e umreceptor. O emissor transmite uma mensagem a outra pessoa (receptor). Amensagem é enviada por um meio (canal que pode ser oral ou não). Oreceptorresponde então a sua mensagem (também de maneira oral ou não). Quando estaretroalimentação se processa o receptor se converte em emissor e vice-versa.A meta do emissor é transmitir uma ideia de maneira que o receptor a compreenda.Por outro lado, o receptor deve se esforçar para compreender a ideia do emissor.Isto é muito importante, caso o receptor deva realizar alguma tarefa que necessitedessa informação.A mensagem deve significar o mesmo para as pessoas que a recebem, por isso, aose comunicar com outras pessoas, é importante compreender como as diferençasculturais, sociais, etc., podem influir no marco referencial de cada um.

RECEPÇÃO DE INFORMAÇÃO

A maioria das pessoas põe sua atenção na preparação e na emissão de suamensagem (a parte correspondente ao emissor no processo de comunicação),tendendo a duvidar da importância de uma boa recepção da informação.Também se assume que escutar é natural, crendo que não é necessário melhorar asua habilidade de escutar, porque ouvir é algo instintivo. A realidade é muito diferente. Saber escutar é crucial na relação interpessoal. A função do ouvinte não ésó ouvir o que dizem, é compreender e atuar em consequência.O receptor deve escutar atentamente, podendo determinar o objeto da interação.O emissor da mensagem necessita da retroalimentação do receptor para estarseguro de que a mensagem foi recebida e compreendida, tal como foi enviada. Ocontato visual é muito importante, do contrário poderia supor que a comunicação severificou sem que esteja certo.

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

•o que queremos dizer;
•o que realmente dizemos;
o que a outra pessoa ouve;
•o que a outra pessoa pensa que ouviu;
•o que a outra pessoa responde;
•o que pensamos que a outra pessoa respondeu.

TIPOS DE COMUNICAÇÃO

•Aquela que se faz espontaneamente e a que se passa dados, informações oufatos. Exemplo: “Eu esqueci meus óculos de grau no escritório”. Podemosdeduzir que esta pessoa necessita de óculos e trabalha num escritório.
•Comunicação de sentimentos e emoções. Por exemplo, saudar alguémentusiasticamente, porque não o tenha visto há muito tempo.
•Comunicação como um instrumento que serve para alcançar um objetivo,produzir um efeito desejado, conhecida como comunicação intencional. Então,não basta que a informação seja correta, é necessário também, que ocomunicador tenha atitudes de aceitação por parte dos participantes.
•Para a apresentação de conteúdos existem duas modalidades comumenteusadas:MEIO (CANAL)MENSAGEMRETRO ALIMENTAÇÃO EMISSORRECEPTOR

I - Sessão de informação. Consiste em comunicar dados, feitos; são informações para que as pessoas,conheçam. Não vai mais além do que isso. É um processo que parte da pessoaque transmite (o facilitador) para a pessoa que recebe (o receptor).II - Sessão de capacitação. Não busca só informar, mas espera-se que as pessoas sejam capazes deanalisar e compreender os acontecimentos, a realidade que os rodeia e fazer quemodifiquem sua forma de vê-la e sobretudo, de tratá-la. Na capacitação há umaparte de informação e outra em que TODOS intervêm. É uma experiência decomunicação.

DESENVOLVENDO UMA APRESENTAÇÃO

Introdução

•Cumprimentar
•Apresentar/agradecer
•Posicionar os presentes no assunto e objetivos

Desenvolvimento

•Discorrer sobre o tema
•Desenvolver o conteúdo programático
•Questionar
•Falar sobre experiências
•Exercícios

Atenção!Não faça perguntas à platéia, no início; exemplos são fundamentais (fale da própria experiência, mas cuidado paranão ser taxado de vaidoso);
ÓTIMO = BOM HUMOR + BOM GOSTO + INTELIGÊNCIA

Fechamento

•Conclusão
•Mensagem
•Tarefa
•Desafio
•Agradecimentos
 
CUIDADOS

ANTES

•Defina o objetivo que você quer atingir.
•Leve em conta quem organizou o evento e para que público você falará.
•Procure conhecer o local onde acontecerá a palestra. Isso evitará que você sejasurpreendido por dimensões menores ou maiores do que você imaginava.
•Quanto mais tempo você dedicar à sua preparação, mais seguro você irá sesentir.
•Estruture a sua apresentação em torno de três ou quatro pontos principais.
•É absolutamente necessário que a sua apresentação tenha claramente início, meio e fim.
•Elabore um roteiro para guiá-lo nos assuntos que apresentará.
•Se você for usar recursos audiovisuais, pense nas ferramentas necessárias paraa sua utilização: caneta laser ou apontador, cabos de extensão para aparelhoselétricos, cabos para videocassete, etc. Para equipamentos mais sofisticados,certifique-se de que haverá algum especialista para solucionar eventuaisproblemas.
•A sua aparência pessoal causa enorme impacto sobre a audiência. Desde omomento em que você é apresentado e caminha para fazer a sua apresentação,o público já está avaliando e julgando. Prefira roupas sóbrias, não vista nada quepossa distrair a platéia. Sapatos sujos, cabelos despenteados podem destroçaruma bela exposição. Lembre-se: em comunicação, qualquer descuido podecompetir com a mensagem que você está ministrando.

DURANTE:


•Capriche na introdução: quando você causa boa impressão logo no início, aspessoas estarão mais receptivas para o que você falar em seguida e durante asua apresentação. Mas lembre-se de guardar suas idéias mais fortes para maisadiante. Assim você manterá a atenção de todos ao longo do curso.
•Fale sempre “com o público” e não “para o público”.
•Se houver microfone disponível, certifique-se de que ele está ligado e com umvolume adequado ao ambiente e número de pessoas.
•  Caso não haja sistema de som, você ajustará o volume de sua voz, levando emconta as dimensões da sala/auditório e ao tamanho de sua platéia. Em locaismuito amplos e/ou com muitos ouvintes solicite à coordenação do evento que oequipamento de som seja providenciado.
•Durante a apresentação com algum recurso audiovisual, procure não semovimentar desnecessariamente. Com isso a sua platéia estará totalmenteconcentrada no que estiver sendo apresentado.
•Pense positivamente em relação à sua platéia: ela é sua aliada, está lá paraaprender com você. Mentalize que você fará uma boa apresentação, atingindotodos os objetivos propostos.
•Os cuidados com a sua postura corporal são extremamente importantes: cercade dois terços da comunicação humana é não-verbal, transmitida por meio degestos de mão, expressões faciais ou outras formas de linguagem. A boaimagem corporal começa com o modo como você se posiciona. Procure relaxar.Evite vícios de postura como ombros caídos, cabeça muito baixa ou muito alta.Lembre-se: assim como a sua aparência, a postura adotada fala e muito sobrevocê.
•Vença o seu nervosismo. Não se deixe vencer por ele. Ficar nervoso no início deuma apresentação é perfeitamente normal – todos os oradores, mesmo os maisexperientes, ficam nervosos. Controlar o excesso de adrenalina é que fará adiferença. Use a energia do seu nervosismo a seu favor. Um dos maioresmotivos de nervosismo é o medo de que algo dê errado durante a apresentação. Você pode minimizar esta possibilidade preparando-se minuciosamente, assimcomo verificando se todos os tópicos de seu planejamento foram revisados.
•O roteiro que você preparou previamente deve estar sempre ao alcance dos seusolhos. Não é necessário que você esteja segurando-o sempre, mas não há nadademais se você o fizer. Este roteiro contém as principais idéias de sua exposição.A cada tópico, comente a informação, ampliando, criticando, comparando,discutindo e se for o caso, introduza observações diferentes, até concluir essaetapa do raciocínio.
•É importante usar uma linguagem correta. Deixe de lado expressões como “anível de”, “nós, enquanto técnicos...”, “vamos fazer colocações” etc. Evitetambém vícios e cacoetes de linguagem como: “tá”, “né”, “entende”, “ok”, “certo”e outras similares.
•Mantenha sempre o contato visual com o público: além de transmitir segurançaisso permite que você observe a reação da platéia, pela postura e atitudes queadotam. Sempre que possível, olhe direto nos olhos das pessoas. Aprenda a “ler”na postura das pessoas, como estão acompanhando a sua exposição: troncosinclinados para frente costumam demonstrar interesse; fisionomias fechadas ouimpassíveis, em muitos casos, sugerem discordância; consultas freqüentes aorelógio ou olhares vagos podem significar impaciência e ansiedade pelo fim dapalestra.
•Controle o tempo de sua exposição. Deixe claro, desde o início, a duração de suaexposição. Muitos oradores experientes reforçam o seu cuidado com o tempo,lembrando à platéia que “como temos ainda cinco minutos, concluo dizendoque...” ou ainda: “e agora, para resumir rapidamente antes das perguntas...".
•Seja abrangente e simples. Atenha-se ao objetivo de sua palestra. Só façadetalhamentos se for absolutamente necessário ou se for solicitado a isso.
•É vital fazer uma conclusão forte em sua apresentação, uma vez que isso ajudaa formar a impressão na platéia de que alguma coisa foi ganha. Procure reiteraros conceitos principais de sua palestra para gravá-los na mente de todos. Eviteadotar um tom dogmático ao apresentar a conclusão da apresentação. Relacionefatos comprovados ou baseados em forte pesquisa, evite “achismos” (“eu achoque...”) na sua conclusão. É importante ser breve quando se está fazendo oresumo; frases curtas e poderosas prendem a atenção da platéia e causamelhor efeito que um monólogo de 10 minutos. Oradores experientes costumamusar uma frase final com palavras que começam com a mesma letra (o que sechama de aliteração). Isso torna o resumo memorizável.
•O momento em que você abre a sua palestra para perguntas é extremamenteimportante. No seu ensaio você pode prever alguns questionamentos, mas nãose iluda: podem surgir outros com os quais você não contava. Sempre reflitasobre o conteúdo antes de responder. Responda com a mesma segurança quevocê aparentou durante a apresentação. Atenda a uma pergunta de cada vezsob pena de você se perder nas respostas. Alguns personagens típicos depalestras podem aparecer na sua, como o “sabe-tudo”, o “prolixo”, os quais ora tentam mostrar que sabem mais que você, ora não sabem perguntar comobjetividade. Esteja pronto para essa possibilidade. Repasse para o grupo asperguntas mais complexas, pois estas poderão ser uma dúvida geral. Ajude oprolixo a ser mais objetivo. Uma pergunta particularmente difícil requer reflexão.Não se apresse a respondê-la e só o faça se você estiver absolutamente certo doque está dizendo. Se definitivamente você não souber a resposta, deixe issoclaro e prometa pesquisar e respondê-la assim que souber. É melhor confessarisso do que responder incorretamente ou se perder na resposta.
•Todas as perguntas devem ser tratadas com respeito e cortesia. Mesmo em casode hostilidade, mantenha a calma e nunca subestime a platéia nem superestimea sua capacidade de resolver todas as questões. Manter a platéia como aliada ésempre a opção desejada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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