Blog “Educação, Didática, Pedagogia e
Andragogia”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com.br/
A
ARTE CONTEMPORÂNEA NO ENSINO MÉDIO: RESSIGNIFICANDO OS ESPAÇOS DO COTIDIANO
ESCOLAR.
APRESENTAÇÃO:
A elaboração deste projeto tornou-se
possível a partir dos primeiros conhecimentos construídos com o ensino da arte,
enquanto acadêmica do curso de Desenho e Plástica-Licenciatura desta
Universidade. Este trabalho, em específico, é o resultado do projeto de estágio
realizado no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria em 2005, com uma turma
do 1º ano do Ensino Médio, onde propôs-se desenvolver a criticidade reflexiva
dos alunos através da noção de espaço ocupado e percebido em seu cotidiano, bem
como valorizar a bagagem histórica e cultural que fazem parte de nossa
existência, tendo como suporte do trabalho, a arte contemporânea e algumas de
suas abordagens( espaço urbano, memória, identidade).
OBJETIVO:
Ressignificar os ambientes vividos pelo
adolescente (escolar, urbano, familiar) bem como contribuir de forma
significativa para a construção do conhecimento dos alunos sobre arte
contemporânea, tendo em vista, discussões sobre a paisagem urbana, valores, memória,
identidade, e conhecendo a produção de artistas que abordem essas questões. Destarte,
esse trabalho foi dividido em três partes, quais sejam:
1- Intervenção nas proximidades da
escola. “Flores”. Metodologia: Trabalhou-se com a proposta metodológica da
professora pesquisadora Terezinha Sueli Franz, através de leituras de imagens e
sua compreensão crítica da arte, cuja leitura se baseia em diferentes âmbitos
tais como (estético/artístico, histórico/antropológico e crítico/social),
estes, utilizados para as reflexões sobre os temas abordados em arte contemporânea.
Utilizou-se o diário de campo do professor- para coleta de dados, além da
produção de um diário de imagens dos alunos, contendo as reflexões feitas por
estes em aula. Resultados: Os alunos, ao longo de todo o ano, estão mais
abertos e embasados quanto às discussões da arte contemporânea, compreendendo a
importância de se estudar e pensar sobre ela, e que a mesma, está em constante
sintonia com a realidade cotidiano na qual vivemos, discutindo e questionando
sobre a mesma. Conclusão: denotamos a importância em se trabalhar de forma
crítica as imagens e conceitos sobre o mundo, em especial, sobre a arte atual
com alunos do Ensino Médio, onde buscou-se ressignificar o olhar sobre
contextos e ambientes próximos do aluno, tendo em vista, a construção dos conhecimentos
sobre arte. O estágio propiciou um contato com o cotidiano escolar por parte da
professora também, sendo uma experiência significativa para a formação.
2
– Ação com origamis no hospital universitário de Santa Maria
3
– Intervenção “vidrinhos de saúde”
RESUMO
Propomos com este artigo, relatar uma
experiência docente em Arte numa turma de Ensino Médio de Santa Maria, o CTISM,
no ano de 2005. Neste sentido, a proposta de trabalho visou desenvolver a
educação do olhar através do Ensino da Arte, especificamente - a Arte
Contemporânea, dentro de seus discursos, buscando (re) significar os espaços
vivenciados pelos adolescentes.
A importância está em repensar a arte,
avaliando os contextos da produção contemporânea e sua intrínseca relação com a
bagagem sociocultural que esta engendra na formação de conceitos sobre o mundo
no qual habitamos, e teve-se como suporte para o trabalho, algumas linguagens
contemporâneas permeadas por reflexões dos alunos quanto ao contexto urbano,
escolar e familiar.
1. INTRODUÇÃO
A pesquisa que ora apresentamos tornou-se
possível a partir dos primeiros conhecimentos estabelecidos com o Ensino da
Arte, uma vez que cada acadêmico do curso de Graduação em Desenho e Plástica –
Licenciatura Plena desta Universidade desenvolve um projeto de estágio onde
busca trabalhar sua formação inicial como professor de Artes Visuais, manterem
contato com o contexto escolar e assim, tecer relações dos conhecimentos
teóricos acadêmicos com a prática escolar.
O estágio corresponde a uma das etapas
mais significativas na formação do professor, pois é neste momento que este, ao
colocar em ação uma proposta de trabalho com os alunos, estará conhecendo as
particularidades e o universo de cada turma, de cada escola.
Desta forma, pensando na realidade dos espaços
escolares e da Arte inserida nestes, pretendeu-se trabalhar alguns discursos
e/ou tendências que delineiam a Arte Contemporânea, dentre eles, as poéticas de
apropriação do espaço urbano, a identidade e a memória. Buscou-se, contudo,
fazer com que o aluno (re) significasse os ambientes por ele vivido (escolar,
urbano, familiar), bem como objetivamos contribuir de forma significativa para
o discurso e reflexão sobre a produção artística atual e sobre o universo
particular do educando, além de trabalhar o imaginário através da construção de
propostas que discutam estas mesmas tendências,atendendo desta forma a
necessidade de estabelecer relações e sentidos para a formação cultural e
artística do aluno.
Este projeto foi desenvolvido no Colégio
Técnico Industrial de Santa Maria - CTISM, com uma turma do 1º ano do Ensino
Médio, de março a dezembro de 2005, estabelecimento localizado no próprio
campus da UFSM. No decorrer da pesquisa, além dos discursos e temas da Arte
Contemporânea, interessou-nos às questões relativas ao universo pessoal dos
alunos, sendo enfocados temas e valores, tais como: amizade, cooperação,
respeito, solidariedade, relacionamentos afetivos entre familiares, etc. que
também são responsáveis pela formação identitária do aluno. Paralelo a estas
discussões, buscou-se levar para a sala de aula obras e artistas contemporâneos
que discutiam alguns desses temas numa determinada fase de suas produções, como
forma de não desvincular os conteúdos pertinentes à disciplina de Artes, como a
História da Arte.
Desta forma, podemos elucidar algumas
questões gerais que nortearam a pesquisa na escola, dentre elas: Como os alunos
pensam e discutem a Arte a partir dos discursos que ela estabelece na
atualidade? De que forma o adolescente estabelece significados e constrói
valores a partir de suas vivências no contexto escolar, familiar e urbano? Como
o aluno compreende e significaa Arte Contemporânea?
2. TECENDO
ALGUNS RESULTADOS:
O encontro dos alunos com a Arte Contemporânea
(um pequeno recorte que se fez dela para esta pesquisa), não aconteceu de forma
tão receptiva. Os artistas e as imagens trabalhadas causaram boa impressão para
alguns da turma, enquanto outros ficaram incomodados, não conseguiram entender
o porquê dos artistas fazerem aquele tipo de arte. Foi necessário trabalhar aos
poucos, dando abertura para que os alunos refletissem sobre a imagem e conceito
propostos pela obra, assim como o professor também necessitou preparar-se e
procurar criar significados para aquilo que estava propondo aos alunos. Só a
partir desse momento em que a compreensão e significação da obra contemporânea
aconteceu, é que os alunos começaram a rever seus conceitos iniciais e a gostar
um pouco mais da Arte Contemporânea.
Inicialmente, eles acreditavam que a
arte estava em muitos lugares, mas não conseguiam conceituar ou visualizar
especificamente onde e de que forma. Alguns responderam que a arte estava na
natureza, que é algo belo, agradável. Nada de conhecimentos acerca da Arte
Contemporânea, quem a legitima ou de que forma produzem, como e o que os artistas
pensam e propõem com materiais e linguagens diversificados. Os artistas
plásticos que conheciam eram Picasso, Van Gohg, Tarsila do Amaral e Portinari.
Como se previa, não seria de um momento
para outro que os alunos compreenderiam as linguagens e propostas
contemporâneas, foi necessário incitá-los para que estivessem sempre colocando
suas dúvidas em pauta na sala de aula e no decorrer do tempo, compreenderam que
a arte necessita estudo, reflexão, pensamento, não está sustentada apenas por
critérios de gosto pessoal ou por ser uma obra bela ou feia. Com o passar do
tempo e das discussões, dos textos lidos, das imagens vistas e refletidas, os
trabalhos práticos e teóricos possibilitaram que tivessem uma visão um pouco
mais aguçada sobre o seu cotidiano, percebendo inclusive, o que não costumavam
observar em seu entorno: a parada de ônibus, o espaço do quarto (o lugar mais
importante), o espaço da escola e as “paisagens da UFSM” e que a arte pode
fazer parte disso tudo, através das intervenções e trabalhos vistos durante as
aulas, das imagens nos outdoors, das influências das placas publicitárias e de
propagandas vistas pelas ruas da cidade e que vai formando nossa bagagem visual.
Concluímos com alguns depoimentos dos
adolescentes que, através da elaboração de um trabalho prático, usando a
linguagem da intervenção no espaço, construção de objetos, conseguiram
compreender melhor o que haviam estudado na teoria e que a Arte Contemporânea
“ficou mais clara” e significativa para os mesmos:
“Mudei
muito o conceito sobre arte, sei agora que ela não precisa ser bela, mas
expressa o que o artista está sentindo, hoje penso na arte de uma forma mais
ampla de um jeito mais em consenso com o que ela trata agora.”
“Acho que estou conseguindo compreendê-la, a
vejo como algo bastante livre, que está em toda a parte e que pode ser
representado de diversas maneiras, não só através de quadros e esculturas, mas
também através de outros objetos, trabalhos ou movimentos que façam as pessoas
refletirem.”
Ao longo do ano, os alunos tiveram um
contato direto com a produção contemporânea, porém, através de muitas imagens
de obras de arte que faziam um breve histórico sobre a arte contemporânea. O resultado
de meses de discussões, questionamentos, algumas leituras de imagens, fizeram
com que os alunos se organizassem para também experimentarem fazer algumas
intervenções na UFSM e arredores da escola e construírem um pensamento mais
aberto e flexível com relação à algumas produções contemporâneas em arte.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Arte contemporânea : uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
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para uma compreensão crítica da arte. Florianópolis: Letras Contemporâneas,
2003.
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uma pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Ijuí:Unijuí,
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OLIVEIRA,
Marilda Oliveirade; HERNÁNDEZ, Fernando. A Formação do Professor e o Ensino das
Artes Visuais. Santa Maria: Edufsm, 2005.
PILLAR,
Analice Dutra.
A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2001.
PIMENTA,
Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo:
Cortez, 2004.
ZABALA,
Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto
Alegre: Artmed,1998.
Fonte Adicional
1: http://w3.ufsm.br/prograd/downloads/File/Aartecomporanea.pdf
O
PAPEL DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
O curso técnico é um excelente caminho
para o jovem que deseja entrar e se destacar no mercado de trabalho. Antes,
considerado como categoria de segunda mão, hoje, o ensino médio técnico
torna-se decisivo para jovens escolares. Há ainda muita desinformação,
principalmente dos pais, sobre essa mudança da tradição dos cursos técnicos,
uma vez que viveram em época em que os chamados cursos profissionalizantes eram
para as classes sociais menos favorecidas que não tinham nenhuma perspectiva de
acesso às universidades. No mundo contemporâneo, em particular no Brasil, onde
a economia se encontra em franca ascensão, o país precisa de técnicos em todas as
áreas. Além disso, o jovem, recém saído da adolescência, traz ainda a incerteza
do que realmente deseja para a sua formação profissional. Muitas vezes tem
apenas a simpatia por esta ou aquela profissão, mas não tem, no entanto, a
exata dimensão ou a realidade da atividade profissional. O curso técnico de 2º
grau, além de confirmar, ou não, as suas expectativas na área escolhida,
permite uma previa experiência no ramo, facilitando ou otimizando a
aprendizagem em caso de cursar o 3º grau ou a obtenção de uma renumeração que
possibilite o seu sustento, independentemente do prosseguimento nos estudos.
Incentivar a leitura ao proporcionar
acesso à literatura foi o principal objetivo do Projeto “Contando histórias que
estimulam a pensar”, desenvolvido pela Editora Adônis e realizada em parceria
com a Secretaria Municipal da Educação, nas escolas participantes e na Estação
Cultural. O projeto teve o patrocínio das Indústrias Romi, através da lei
Rouanet.
Neste projeto, cerca de 2.800 alunos, do
4º e 5º ano das escolas municipais, receberam gratuitamente durante o ano de
2009 três livros com histórias sobre astronomia, meio ambiente e saúde, todos
com jogos relacionados aos temas. Além das obras que foram distribuídas, as
crianças receberam um livro em branco como forma de estimular o potencial
criativo e o desenvolvimen-to da escrita.
Segundo Sueli Torres, coordenadora pedagógica
da Fundação Romi, as ati-Desvendando os mistérios da leitura Projeto cultural
que visa o incentivo e um olhar crítico à leitura já beneficiou cerca 2.800
jovens da rede municipal de ensino vidades colocaram os alunos para prati-car o
hábito da busca por conhecimento e refletir sobre a importância de desen-volver
a leitura desde cedo. Ela explica que projetos como este são importantes para
despertar o gosto pela literatura e facilitar o aprendizado inicial.
“A leitura desperta, na criança, o
in-teresse por conhecer o mundo encan-tado da ficção, permitindo-lhe um outro olhar,
não mais o olhar da decodifica-ção maçante do código alfabético, mas o olhar
que visualiza a chave da porta que a levará ao mundo mágico da ima-ginação”,
complementa Sueli.
Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão
de Estudos e Normas Peda-gógicas da Secretaria de Educação de Santa Bárbara
d´Oeste, que também participou do projeto, citou o estímulo à leitura e os
inúmeros benefícios que este proporcionou, “já que a maioria das crianças
brasileiras tem dificuldade de ter acesso a livros literários por uma conjunção
de fatores sociais, econômi-cos e políticos”. Segundo ela, o projeto é uma
oportunidade de acesso à literatura que tem a dupla função de proporcio-nar
momentos de lazer e de desenvol-vimento do leitor crítico. “Esse projeto é
altamente positivo para o desenvolvi-mento e construção de novos conheci-mentos
por parte da criança, uma vez que inserida no universo literário desde a mais
tenra idade propicia sua emanci-pação na vida literária”, pontua.
Para o encerramento das atividades do
projeto, uma festa literária chama-da Anima Livro foi organizada na Esta-ção
Cultural no dia 28 de novembro. A ação contou com atividades lúdicas como ilhas
de leitura, mesas de jogos, cantinhos de pintura facial, escultura em balões,
além da participação de palhaços, contadores de histórias e dos escritores dos
livros.
Esse projeto é altamente positivo para o
desenvolvimento e construção de novos conhecimentos por parte da criança, uma
vez que inserida no universo literário desde a mais tenra idade propicia sua
emancipação na vida literária” Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão de
Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste
Anima Livro aconteceu na Estação Cultural e marcou o encerramento do projeto
Imprescindível para o desenvolvimento do
país, o ensino técnico está cada vez mais valorizado pelo mercado de trabalho.
Além dos cursos específicos de formação técnica, como os do SENAI, existe a
for-mação técnica conjuntamente com o ensino médio, o chamado Ensino Médio
Técnico, como o Cotuca, Cotil, Polivalente, que permite prestar o vestibular
para as universidades.
Sabendo disso, a Fundação Romi incentiva
seus alu-nos a se inscreverem nessas instituições e a participa-rem de seus
processos seletivos. O resultado é positivo, neste ano 81 estudantes foram
aprovados para os quatro cursos técnicos da região - sendo 54 na Escola Técnica
Estadual Polivalente (40 em Americana e 14 em San-ta Bárbara d´Oeste), 20 no
Colégio Técnico de Limeira (Cotil) e sete no Colégio Técnico de Campinas
(Cotuca).
“O curso médio técnico é um excelente
caminho para o jovem conhecer melhor a sua opção profissional, ad-quirir prática
que o capacita, de imediato, a entrar no mercado de trabalho, permitindo ainda
cursar a univer-sidade, pelo diploma de segundo grau”, explica o
supe-rintendente da Fundação Romi, Liu Fat Kam.
É o que comprova a trajetória que segue
a carreira da ex-aluna da Fundação Romi, Ana Claudia Trinca, de 20 anos de
idade, que cursou Construção Civil no Cotil, hoje faz Engenharia Civil na
Escola de Engenharia de Piracicaba (EET) e já estagia na área há um ano, como desenhista.
“Escolhi fazer o ensino técnico porque ali enxerguei uma oportunidade, na
época, apontada pela Fundação Romi. Foi quando dei inicio à minha carreira.
O Colégio Técnico de Limeira foi criado
em 1967, ten-do como sua mantenedora a Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). O Campus possui ampla estru-tura com laboratórios, biblioteca,
refeitórios e quadras po-liesportivas. Para os cursos técnicos há sala de
desenho para o curso de Construção Civil, oficina usada pelo curso de Mecânica,
laboratório de Enfermagem usados pelos mesmos e laboratório de Informática.
Existem ainda os departamentos de exatas e humanas. Além dos departa-mentos de
Geomática e Construção Civil, de Mecânica, de Enfermagem, de Informatica e de
Qualidade.
COTUCA
– COLÉGIO TÉCNICO DE CAMPINAS
O Colégio Técnico de Campinas é uma
unidade de Ensi-no Técnico e Ensino Médio da UNICAMP. Conta com um corpo
docente altamente especializado que atende seus mais de 1900 alunos,
distribuídos em 14 cursos técnicos e 3 especializações de nível técnico. O
COTUCA mantém convênio com mais de 1000 empresas, para encaminha-mento de
estagiários e realização de parcerias diversas.
ESCOLA
SENAI “ALVARES ROMI”
A Escola é equipada com a mais avançada
tecnologia nas áreas da Metalmecânica, Eletroeletrônica e Tecnolo-gia da
Informação. Atua também nas áreas de Gestão, Segurança, Plástico, Metalurgia,
Logística e Vestuário. Planejada para atuar nas linhas de serviços: Cursos de Aprendizagem
Industrial, Curso Técnico, Formação Inicial e Continuada para Pessoas da
Comunidade e Formação Inicial e Continuada para funcionários das Empresas, foi dimensionada
para atender a demanda de capacitação profissional de jovens e adultos do
município e região, atendendo as áreas de metalmecânica, eletroeletrônica, metalurgia,
tecnologia da informação, gestão, seguran-ça, plástico e vestuário. Conta com
importantes parcerias através de convênios assinados com empresas e a
Pre-feitura Municipal de Santa Bárbara d’Oeste.
ESCOLA
TÉCNICA ESTADUAL POLIVALENTE
Atuando há 33 anos no mercado, a
Polivalente oferece 720 vagas semestralmente para 13 cursos com habilitação
téc-nica, são eles: administração, contabilidade, comunicação visual, design de
interiores, edificação, informática, logísti-ca, mecânica, mecânica-projetos,
secretariado, segurança do trabalho, tecelagem e turismo receptivo.
Lucas Felippe Petrini, que também é
ex-aluno da Funda-ção Romi, cursou informática na Escola Técnica Estadual Polivalente
de Americana e hoje faz Ciência da Computação na Unip Swift Campinas, também
fala com entusiasmo da decisão de ter feito o curso técnico: “Decidi fazer para
ter uma melhor base no futuro tanto profissional quanto educa-cional, uma vez
que o mercado de trabalho é muito compe-titivo e é muito difícil se destacar
sem esforço e estudo, em meio a tanta gente qualificada”. Hoje, Lucas trabalha
na IBM.
Para a Diretora Associada do Cotuca,
Teresa Celina Meloni Rosa, as vantagens de se fazer um curso técni-co são
inúmeras. “Acredito que a inclusão no mercado de trabalho seja facilitada pelo
conhecimento e preparo técnico, amadurecimento profissional e pessoal”, afirma.
O diretor da Escola Senai “Álvares Romi”, Claudio Teti, explica que mais de 80%
dos técnicos recém formados do SENAI em todo o Estado de São Paulo têm
empregabilidade imediata e acrescenta: “Os cursos técnicos estão alinhados às
necessi-dades das empresas da região, o que gera rápida empregabili-dade dos
alunos. O profissional habilitado como técnico é uma interface entre o
operacional e a engenharia de uma empresa, o que lhe rende ótimos cargos e
altos salários”.
ONDE
ESTÃO OS CURSOS TÉCNICOS DA REGIÃO?
Mesmo com a alta procura por
pro-fissionais técnicos, ainda se nota um pouco de receio por parte de alguns
pais ao decidir por matricu-lar seus filhos no ensino técnico. Parte deste
preconceito, segundo o diretor geral do Cotil, o professor Paulo Sérgio Saran,
vem de uma ideia errada de que os colégios técnicos não preparam o aluno para o
vestibular. “Prova contrária disso é que temos vários alunos que passaram
direto no vestibular de grandes faculdades. O segun-do colocado do vestibular
2009 da Unicamp foi nosso aluno”, afirma o professor.
Raquel Aparecida da Silva é mãe da
ex-aluna da Fundação Romi, Katrine Elen Biazin, que fez curso de Qualidade no
Cotil em 2008 e hoje faz Engenharia de Pro-dução na Faculdade Anhanguera. Ela
aprovou a escolha da filha: “O Cotil abriu as portas da carreira da minha
filha. No período em que es-tudou lá, ela se desenvolveu pro-fissionalmente.
Hoje é estagiária em uma empresa na área do curso que faz na faculdade. Além
disso, ficou mais responsável por ter que estudar em outra cidade”.
A mãe do Lucas Felippe, Maria José
Felippe Petrini, concorda: “O Ensino Médio Técnico foi excelen-te para o meu
filho. É um incen-tivo, já que é mais puxado. Para o Lucas foi ótimo, porque
além de desenvolver a carreira dele, exigiu mais responsabilidade”.
ENSINO
SUPERIOR
O preparo para o vestibular e a oportunidade
de trabalhar para custear a faculdade não são as únicas vantagens do curso
téc-nico. Ele também prepara para o amadurecimento profissional. É o que
explica o professor Sa-ran: “Quando o aluno que fez curso técnico entra na
faculdade apre-senta desempenho melhor que os outros. O ensino técnico exige muito
mais raciocínio do aluno”.
Para Ana Claudia, o conheci-mento que
adquiriu no Cotil a aju-da até hoje. “Já carrego uma base técnica, trabalho na
área e asso-cio meu trabalho com o que estou aprendendo na faculdade. Minha carreira
só tem a crescer”, avalia.
“Os
Cursos Técnicos do País São de Muito Boa Qualidade”
A educadora da Unicamp Angela Soligo
fala da importância do ensino técnico, da qualidade dos cursos oferecidos e do
mercado de trabalho. Ela é psicóloga por formação profissional, professora da
Faculdade de Educação da Unicamp, mestre em psicologia escolar e doutora em
psicologia pela PUC Campinas, professora do departamento de psicologia
educacional da Faculdade de Educação da Unicamp e membro do Grupo de pesquisa
DIS (Diferenças e Subjetividades em Educação).
Qual
a importância do curso técnico na formação profissional de um jovem?
O curso técnico pode oferecer
pos-sibilidades de trabalho para os jo-vens que desejam ou necessitam ingressar
mais rapidamente no mer-cado de trabalho. É também uma possibilidade para o
jovem conhe-cer algumas áreas de atuação e ex-plorar seus potenciais. O fato de
ter uma formação técnica ajuda no desenvolvimento do aluno quando este cursa a
universidade?
Se o curso técnico tiver relação com o
que o aluno cursar na uni-versidade, sim.
Quais
são os prós do estudante universitário, que tem formação técnica, já trabalhar
na área?
O estudante universitário que já
tra-balha em sua área tem uma visão mais realista dos problemas, dificul-dades
e possibilidades de sua pro-fissão, além de um maior compro-misso com sua área.
Em geral, leva para a sala de aula discussões mais concretas sobre as questões
que afetam o cotidiano de sua profissão, o que enriquece a aula e amplia seus
conhecimentos.
Como
está a qualidade dos cursos técnicos hoje no Brasil?
Em geral, os cursos técnicos do país são
de muito boa qualida-de, em especial aqueles vincula-dos a universidades
públicas e os cursos privados já consolidados, com longa tradição de formação.
Qual
a qualidade dos profissionais formados por cursos técnicos?
Há muito bons profissionais for-mados em
cursos técnicos, que ocupam hoje funções importantes e estratégicas em seus
locais de trabalho, mas não sei se é possível responder de forma genérica.
Como
está o mercado para o profissional técnico?
Há certamente um mercado para o profissional
técnico, historicamen-te a modernização da indústria e da agricultura ampliou a
necessidade de mão de obra qualificada, portanto aumentou a demanda por um
profis-sional que tenha competências espe-cíficas para atender às necessidades do
mundo do trabalho. Quanto mais complexas vão se tornando as indús-trias e as
formas de produção, mais vão se ampliando a demanda e a di-versidade dos cursos
técnicos.
Ainda
há preconceito da sociedade em relação ao profissional ter somente formação
técnica?
A sociedade ainda valoriza demasiadamente
a formação universitária, que garante maiores salários e melhores posições. Mas
há uma valorização cada vez maior dos cursos técnicos, diante das necessidades
do mercado. Outro aspecto interessante é que, atualmente, os cursos técnicos não
são procurados apenas pelos jo-vens da classe baixa pois, como são cursos em
geral de muito boa quali-dade, além da formação técnica ofe-recem um bom
preparo para o ves-tibular. Assim, os jovens das classes média e alta também
buscam forma-ção nesses cursos. Quanto mais complexas vão se tornando as
indústrias e as formas de produção, mais vão se ampliando a demanda e a diversidade
dos cursos técnicos”
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