quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A EDUCAÇÃO INTERMEDIÁRIA E MÉDIO-TÉCNICA NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO



Blog “Educação, Didática, Pedagogia e Andragogia”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com.br/


A ARTE CONTEMPORÂNEA NO ENSINO MÉDIO: RESSIGNIFICANDO OS ESPAÇOS DO COTIDIANO ESCOLAR.


APRESENTAÇÃO:

A elaboração deste projeto tornou-se possível a partir dos primeiros conhecimentos construídos com o ensino da arte, enquanto acadêmica do curso de Desenho e Plástica-Licenciatura desta Universidade. Este trabalho, em específico, é o resultado do projeto de estágio realizado no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria em 2005, com uma turma do 1º ano do Ensino Médio, onde propôs-se desenvolver a criticidade reflexiva dos alunos através da noção de espaço ocupado e percebido em seu cotidiano, bem como valorizar a bagagem histórica e cultural que fazem parte de nossa existência, tendo como suporte do trabalho, a arte contemporânea e algumas de suas abordagens( espaço urbano, memória, identidade).

OBJETIVO:

Ressignificar os ambientes vividos pelo adolescente (escolar, urbano, familiar) bem como contribuir de forma significativa para a construção do conhecimento dos alunos sobre arte contemporânea, tendo em vista, discussões sobre a paisagem urbana, valores, memória, identidade, e conhecendo a produção de artistas que abordem essas questões. Destarte, esse trabalho foi dividido em três partes, quais sejam:

1- Intervenção nas proximidades da escola. “Flores”. Metodologia: Trabalhou-se com a proposta metodológica da professora pesquisadora Terezinha Sueli Franz, através de leituras de imagens e sua compreensão crítica da arte, cuja leitura se baseia em diferentes âmbitos tais como (estético/artístico, histórico/antropológico e crítico/social), estes, utilizados para as reflexões sobre os temas abordados em arte contemporânea. Utilizou-se o diário de campo do professor- para coleta de dados, além da produção de um diário de imagens dos alunos, contendo as reflexões feitas por estes em aula. Resultados: Os alunos, ao longo de todo o ano, estão mais abertos e embasados quanto às discussões da arte contemporânea, compreendendo a importância de se estudar e pensar sobre ela, e que a mesma, está em constante sintonia com a realidade cotidiano na qual vivemos, discutindo e questionando sobre a mesma. Conclusão: denotamos a importância em se trabalhar de forma crítica as imagens e conceitos sobre o mundo, em especial, sobre a arte atual com alunos do Ensino Médio, onde buscou-se ressignificar o olhar sobre contextos e ambientes próximos do aluno, tendo em vista, a construção dos conhecimentos sobre arte. O estágio propiciou um contato com o cotidiano escolar por parte da professora também, sendo uma experiência significativa para a formação.

2 – Ação com origamis no hospital universitário de Santa Maria

3 – Intervenção “vidrinhos de saúde”

RESUMO

Propomos com este artigo, relatar uma experiência docente em Arte numa turma de Ensino Médio de Santa Maria, o CTISM, no ano de 2005. Neste sentido, a proposta de trabalho visou desenvolver a educação do olhar através do Ensino da Arte, especificamente - a Arte Contemporânea, dentro de seus discursos, buscando (re) significar os espaços vivenciados pelos adolescentes.
A importância está em repensar a arte, avaliando os contextos da produção contemporânea e sua intrínseca relação com a bagagem sociocultural que esta engendra na formação de conceitos sobre o mundo no qual habitamos, e teve-se como suporte para o trabalho, algumas linguagens contemporâneas permeadas por reflexões dos alunos quanto ao contexto urbano, escolar e familiar.

1. INTRODUÇÃO

A pesquisa que ora apresentamos tornou-se possível a partir dos primeiros conhecimentos estabelecidos com o Ensino da Arte, uma vez que cada acadêmico do curso de Graduação em Desenho e Plástica – Licenciatura Plena desta Universidade desenvolve um projeto de estágio onde busca trabalhar sua formação inicial como professor de Artes Visuais, manterem contato com o contexto escolar e assim, tecer relações dos conhecimentos teóricos acadêmicos com a prática escolar.
O estágio corresponde a uma das etapas mais significativas na formação do professor, pois é neste momento que este, ao colocar em ação uma proposta de trabalho com os alunos, estará conhecendo as particularidades e o universo de cada turma, de cada escola.
Desta forma, pensando na realidade dos espaços escolares e da Arte inserida nestes, pretendeu-se trabalhar alguns discursos e/ou tendências que delineiam a Arte Contemporânea, dentre eles, as poéticas de apropriação do espaço urbano, a identidade e a memória. Buscou-se, contudo, fazer com que o aluno (re) significasse os ambientes por ele vivido (escolar, urbano, familiar), bem como objetivamos contribuir de forma significativa para o discurso e reflexão sobre a produção artística atual e sobre o universo particular do educando, além de trabalhar o imaginário através da construção de propostas que discutam estas mesmas tendências,atendendo desta forma a necessidade de estabelecer relações e sentidos para a formação cultural e artística do aluno.
Este projeto foi desenvolvido no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria - CTISM, com uma turma do 1º ano do Ensino Médio, de março a dezembro de 2005, estabelecimento localizado no próprio campus da UFSM. No decorrer da pesquisa, além dos discursos e temas da Arte Contemporânea, interessou-nos às questões relativas ao universo pessoal dos alunos, sendo enfocados temas e valores, tais como: amizade, cooperação, respeito, solidariedade, relacionamentos afetivos entre familiares, etc. que também são responsáveis pela formação identitária do aluno. Paralelo a estas discussões, buscou-se levar para a sala de aula obras e artistas contemporâneos que discutiam alguns desses temas numa determinada fase de suas produções, como forma de não desvincular os conteúdos pertinentes à disciplina de Artes, como a História da Arte.
Desta forma, podemos elucidar algumas questões gerais que nortearam a pesquisa na escola, dentre elas: Como os alunos pensam e discutem a Arte a partir dos discursos que ela estabelece na atualidade? De que forma o adolescente estabelece significados e constrói valores a partir de suas vivências no contexto escolar, familiar e urbano? Como o aluno compreende e significaa Arte Contemporânea?

2. TECENDO ALGUNS RESULTADOS:

O encontro dos alunos com a Arte Contemporânea (um pequeno recorte que se fez dela para esta pesquisa), não aconteceu de forma tão receptiva. Os artistas e as imagens trabalhadas causaram boa impressão para alguns da turma, enquanto outros ficaram incomodados, não conseguiram entender o porquê dos artistas fazerem aquele tipo de arte. Foi necessário trabalhar aos poucos, dando abertura para que os alunos refletissem sobre a imagem e conceito propostos pela obra, assim como o professor também necessitou preparar-se e procurar criar significados para aquilo que estava propondo aos alunos. Só a partir desse momento em que a compreensão e significação da obra contemporânea aconteceu, é que os alunos começaram a rever seus conceitos iniciais e a gostar um pouco mais da Arte Contemporânea.
Inicialmente, eles acreditavam que a arte estava em muitos lugares, mas não conseguiam conceituar ou visualizar especificamente onde e de que forma. Alguns responderam que a arte estava na natureza, que é algo belo, agradável. Nada de conhecimentos acerca da Arte Contemporânea, quem a legitima ou de que forma produzem, como e o que os artistas pensam e propõem com materiais e linguagens diversificados. Os artistas plásticos que conheciam eram Picasso, Van Gohg, Tarsila do Amaral e Portinari.
Como se previa, não seria de um momento para outro que os alunos compreenderiam as linguagens e propostas contemporâneas, foi necessário incitá-los para que estivessem sempre colocando suas dúvidas em pauta na sala de aula e no decorrer do tempo, compreenderam que a arte necessita estudo, reflexão, pensamento, não está sustentada apenas por critérios de gosto pessoal ou por ser uma obra bela ou feia. Com o passar do tempo e das discussões, dos textos lidos, das imagens vistas e refletidas, os trabalhos práticos e teóricos possibilitaram que tivessem uma visão um pouco mais aguçada sobre o seu cotidiano, percebendo inclusive, o que não costumavam observar em seu entorno: a parada de ônibus, o espaço do quarto (o lugar mais importante), o espaço da escola e as “paisagens da UFSM” e que a arte pode fazer parte disso tudo, através das intervenções e trabalhos vistos durante as aulas, das imagens nos outdoors, das influências das placas publicitárias e de propagandas vistas pelas ruas da cidade e que vai formando nossa bagagem visual.
Concluímos com alguns depoimentos dos adolescentes que, através da elaboração de um trabalho prático, usando a linguagem da intervenção no espaço, construção de objetos, conseguiram compreender melhor o que haviam estudado na teoria e que a Arte Contemporânea “ficou mais clara” e significativa para os mesmos:

“Mudei muito o conceito sobre arte, sei agora que ela não precisa ser bela, mas expressa o que o artista está sentindo, hoje penso na arte de uma forma mais ampla de um jeito mais em consenso com o que ela trata agora.”

 “Acho que estou conseguindo compreendê-la, a vejo como algo bastante livre, que está em toda a parte e que pode ser representado de diversas maneiras, não só através de quadros e esculturas, mas também através de outros objetos, trabalhos ou movimentos que façam as pessoas refletirem.”

Ao longo do ano, os alunos tiveram um contato direto com a produção contemporânea, porém, através de muitas imagens de obras de arte que faziam um breve histórico sobre a arte contemporânea. O resultado de meses de discussões, questionamentos, algumas leituras de imagens, fizeram com que os alunos se organizassem para também experimentarem fazer algumas intervenções na UFSM e arredores da escola e construírem um pensamento mais aberto e flexível com relação à algumas produções contemporâneas em arte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRISSAC, Nelson Peixoto. Paisagens urbanas. São Paulo: SENAC, 2004.
CAUQUELIN, Anne. A arte contemporânea. Portugal: Editora-Res.1982.
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FERREIRA, Sueli (org.). O ensino das artes,construindo caminhos. Campinas: Papirus, 2001.
FRANZ, Teresinha. Educação para uma compreensão crítica da arte. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2003.
GAUTHIER, C. Por uma pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Ijuí:Unijuí, 1998.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
OLIVEIRA, Marilda Oliveirade; HERNÁNDEZ, Fernando. A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais. Santa Maria: Edufsm, 2005.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2001.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
ZABALA, Antoni.  A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,1998.


O PAPEL DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O curso técnico é um excelente caminho para o jovem que deseja entrar e se destacar no mercado de trabalho. Antes, considerado como categoria de segunda mão, hoje, o ensino médio técnico torna-se decisivo para jovens escolares. Há ainda muita desinformação, principalmente dos pais, sobre essa mudança da tradição dos cursos técnicos, uma vez que viveram em época em que os chamados cursos profissionalizantes eram para as classes sociais menos favorecidas que não tinham nenhuma perspectiva de acesso às universidades. No mundo contemporâneo, em particular no Brasil, onde a economia se encontra em franca ascensão, o país precisa de técnicos em todas as áreas. Além disso, o jovem, recém saído da adolescência, traz ainda a incerteza do que realmente deseja para a sua formação profissional. Muitas vezes tem apenas a simpatia por esta ou aquela profissão, mas não tem, no entanto, a exata dimensão ou a realidade da atividade profissional. O curso técnico de 2º grau, além de confirmar, ou não, as suas expectativas na área escolhida, permite uma previa experiência no ramo, facilitando ou otimizando a aprendizagem em caso de cursar o 3º grau ou a obtenção de uma renumeração que possibilite o seu sustento, independentemente do prosseguimento nos estudos.
Incentivar a leitura ao proporcionar acesso à literatura foi o principal objetivo do Projeto “Contando histórias que estimulam a pensar”, desenvolvido pela Editora Adônis e realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, nas escolas participantes e na Estação Cultural. O projeto teve o patrocínio das Indústrias Romi, através da lei Rouanet.
Neste projeto, cerca de 2.800 alunos, do 4º e 5º ano das escolas municipais, receberam gratuitamente durante o ano de 2009 três livros com histórias sobre astronomia, meio ambiente e saúde, todos com jogos relacionados aos temas. Além das obras que foram distribuídas, as crianças receberam um livro em branco como forma de estimular o potencial criativo e o desenvolvimen-to da escrita.
Segundo Sueli Torres, coordenadora pedagógica da Fundação Romi, as ati-Desvendando os mistérios da leitura Projeto cultural que visa o incentivo e um olhar crítico à leitura já beneficiou cerca 2.800 jovens da rede municipal de ensino vidades colocaram os alunos para prati-car o hábito da busca por conhecimento e refletir sobre a importância de desen-volver a leitura desde cedo. Ela explica que projetos como este são importantes para despertar o gosto pela literatura e facilitar o aprendizado inicial.
“A leitura desperta, na criança, o in-teresse por conhecer o mundo encan-tado da ficção, permitindo-lhe um outro olhar, não mais o olhar da decodifica-ção maçante do código alfabético, mas o olhar que visualiza a chave da porta que a levará ao mundo mágico da ima-ginação”, complementa Sueli.
Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão de Estudos e Normas Peda-gógicas da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste, que também participou do projeto, citou o estímulo à leitura e os inúmeros benefícios que este proporcionou, “já que a maioria das crianças brasileiras tem dificuldade de ter acesso a livros literários por uma conjunção de fatores sociais, econômi-cos e políticos”. Segundo ela, o projeto é uma oportunidade de acesso à literatura que tem a dupla função de proporcio-nar momentos de lazer e de desenvol-vimento do leitor crítico. “Esse projeto é altamente positivo para o desenvolvi-mento e construção de novos conheci-mentos por parte da criança, uma vez que inserida no universo literário desde a mais tenra idade propicia sua emanci-pação na vida literária”, pontua.
Para o encerramento das atividades do projeto, uma festa literária chama-da Anima Livro foi organizada na Esta-ção Cultural no dia 28 de novembro. A ação contou com atividades lúdicas como ilhas de leitura, mesas de jogos, cantinhos de pintura facial, escultura em balões, além da participação de palhaços, contadores de histórias e dos escritores dos livros.
Esse projeto é altamente positivo para o desenvolvimento e construção de novos conhecimentos por parte da criança, uma vez que inserida no universo literário desde a mais tenra idade propicia sua emancipação na vida literária” Ernestina Zanqueta Kinsui, chefe da Divisão de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste Anima Livro aconteceu na Estação Cultural e marcou o encerramento do projeto
Imprescindível para o desenvolvimento do país, o ensino técnico está cada vez mais valorizado pelo mercado de trabalho. Além dos cursos específicos de formação técnica, como os do SENAI, existe a for-mação técnica conjuntamente com o ensino médio, o chamado Ensino Médio Técnico, como o Cotuca, Cotil, Polivalente, que permite prestar o vestibular para as universidades.
Sabendo disso, a Fundação Romi incentiva seus alu-nos a se inscreverem nessas instituições e a participa-rem de seus processos seletivos. O resultado é positivo, neste ano 81 estudantes foram aprovados para os quatro cursos técnicos da região - sendo 54 na Escola Técnica Estadual Polivalente (40 em Americana e 14 em San-ta Bárbara d´Oeste), 20 no Colégio Técnico de Limeira (Cotil) e sete no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca).
“O curso médio técnico é um excelente caminho para o jovem conhecer melhor a sua opção profissional, ad-quirir prática que o capacita, de imediato, a entrar no mercado de trabalho, permitindo ainda cursar a univer-sidade, pelo diploma de segundo grau”, explica o supe-rintendente da Fundação Romi, Liu Fat Kam.
É o que comprova a trajetória que segue a carreira da ex-aluna da Fundação Romi, Ana Claudia Trinca, de 20 anos de idade, que cursou Construção Civil no Cotil, hoje faz Engenharia Civil na Escola de Engenharia de Piracicaba (EET) e já estagia na área há um ano, como desenhista. “Escolhi fazer o ensino técnico porque ali enxerguei uma oportunidade, na época, apontada pela Fundação Romi. Foi quando dei inicio à minha carreira.
O Colégio Técnico de Limeira foi criado em 1967, ten-do como sua mantenedora a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O Campus possui ampla estru-tura com laboratórios, biblioteca, refeitórios e quadras po-liesportivas. Para os cursos técnicos há sala de desenho para o curso de Construção Civil, oficina usada pelo curso de Mecânica, laboratório de Enfermagem usados pelos mesmos e laboratório de Informática. Existem ainda os departamentos de exatas e humanas. Além dos departa-mentos de Geomática e Construção Civil, de Mecânica, de Enfermagem, de Informatica e de Qualidade.

COTUCA – COLÉGIO TÉCNICO DE CAMPINAS

O Colégio Técnico de Campinas é uma unidade de Ensi-no Técnico e Ensino Médio da UNICAMP. Conta com um corpo docente altamente especializado que atende seus mais de 1900 alunos, distribuídos em 14 cursos técnicos e 3 especializações de nível técnico. O COTUCA mantém convênio com mais de 1000 empresas, para encaminha-mento de estagiários e realização de parcerias diversas.

ESCOLA SENAI “ALVARES ROMI”

A Escola é equipada com a mais avançada tecnologia nas áreas da Metalmecânica, Eletroeletrônica e Tecnolo-gia da Informação. Atua também nas áreas de Gestão, Segurança, Plástico, Metalurgia, Logística e Vestuário. Planejada para atuar nas linhas de serviços: Cursos de Aprendizagem Industrial, Curso Técnico, Formação Inicial e Continuada para Pessoas da Comunidade e Formação Inicial e Continuada para funcionários das Empresas, foi dimensionada para atender a demanda de capacitação profissional de jovens e adultos do município e região, atendendo as áreas de metalmecânica, eletroeletrônica, metalurgia, tecnologia da informação, gestão, seguran-ça, plástico e vestuário. Conta com importantes parcerias através de convênios assinados com empresas e a Pre-feitura Municipal de Santa Bárbara d’Oeste.

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL POLIVALENTE

Atuando há 33 anos no mercado, a Polivalente oferece 720 vagas semestralmente para 13 cursos com habilitação téc-nica, são eles: administração, contabilidade, comunicação visual, design de interiores, edificação, informática, logísti-ca, mecânica, mecânica-projetos, secretariado, segurança do trabalho, tecelagem e turismo receptivo.
Lucas Felippe Petrini, que também é ex-aluno da Funda-ção Romi, cursou informática na Escola Técnica Estadual Polivalente de Americana e hoje faz Ciência da Computação na Unip Swift Campinas, também fala com entusiasmo da decisão de ter feito o curso técnico: “Decidi fazer para ter uma melhor base no futuro tanto profissional quanto educa-cional, uma vez que o mercado de trabalho é muito compe-titivo e é muito difícil se destacar sem esforço e estudo, em meio a tanta gente qualificada”. Hoje, Lucas trabalha na IBM.
Para a Diretora Associada do Cotuca, Teresa Celina Meloni Rosa, as vantagens de se fazer um curso técni-co são inúmeras. “Acredito que a inclusão no mercado de trabalho seja facilitada pelo conhecimento e preparo técnico, amadurecimento profissional e pessoal”, afirma. O diretor da Escola Senai “Álvares Romi”, Claudio Teti, explica que mais de 80% dos técnicos recém formados do SENAI em todo o Estado de São Paulo têm empregabilidade imediata e acrescenta: “Os cursos técnicos estão alinhados às necessi-dades das empresas da região, o que gera rápida empregabili-dade dos alunos. O profissional habilitado como técnico é uma interface entre o operacional e a engenharia de uma empresa, o que lhe rende ótimos cargos e altos salários”.

ONDE ESTÃO OS CURSOS TÉCNICOS DA REGIÃO?

Mesmo com a alta procura por pro-fissionais técnicos, ainda se nota um pouco de receio por parte de alguns pais ao decidir por matricu-lar seus filhos no ensino técnico. Parte deste preconceito, segundo o diretor geral do Cotil, o professor Paulo Sérgio Saran, vem de uma ideia errada de que os colégios técnicos não preparam o aluno para o vestibular. “Prova contrária disso é que temos vários alunos que passaram direto no vestibular de grandes faculdades. O segun-do colocado do vestibular 2009 da Unicamp foi nosso aluno”, afirma o professor.
Raquel Aparecida da Silva é mãe da ex-aluna da Fundação Romi, Katrine Elen Biazin, que fez curso de Qualidade no Cotil em 2008 e hoje faz Engenharia de Pro-dução na Faculdade Anhanguera. Ela aprovou a escolha da filha: “O Cotil abriu as portas da carreira da minha filha. No período em que es-tudou lá, ela se desenvolveu pro-fissionalmente. Hoje é estagiária em uma empresa na área do curso que faz na faculdade. Além disso, ficou mais responsável por ter que estudar em outra cidade”.
A mãe do Lucas Felippe, Maria José Felippe Petrini, concorda: “O Ensino Médio Técnico foi excelen-te para o meu filho. É um incen-tivo, já que é mais puxado. Para o Lucas foi ótimo, porque além de desenvolver a carreira dele, exigiu mais responsabilidade”.

ENSINO SUPERIOR

O preparo para o vestibular e a oportunidade de trabalhar para custear a faculdade não são as únicas vantagens do curso téc-nico. Ele também prepara para o amadurecimento profissional. É o que explica o professor Sa-ran: “Quando o aluno que fez curso técnico entra na faculdade apre-senta desempenho melhor que os outros. O ensino técnico exige muito mais raciocínio do aluno”.
Para Ana Claudia, o conheci-mento que adquiriu no Cotil a aju-da até hoje. “Já carrego uma base técnica, trabalho na área e asso-cio meu trabalho com o que estou aprendendo na faculdade. Minha carreira só tem a crescer”, avalia.

“Os Cursos Técnicos do País São de Muito Boa Qualidade”

A educadora da Unicamp Angela Soligo fala da importância do ensino técnico, da qualidade dos cursos oferecidos e do mercado de trabalho. Ela é psicóloga por formação profissional, professora da Faculdade de Educação da Unicamp, mestre em psicologia escolar e doutora em psicologia pela PUC Campinas, professora do departamento de psicologia educacional da Faculdade de Educação da Unicamp e membro do Grupo de pesquisa DIS (Diferenças e Subjetividades em Educação).

Qual a importância do curso técnico na formação profissional de um jovem?

O curso técnico pode oferecer pos-sibilidades de trabalho para os jo-vens que desejam ou necessitam ingressar mais rapidamente no mer-cado de trabalho. É também uma possibilidade para o jovem conhe-cer algumas áreas de atuação e ex-plorar seus potenciais. O fato de ter uma formação técnica ajuda no desenvolvimento do aluno quando este cursa a universidade?
Se o curso técnico tiver relação com o que o aluno cursar na uni-versidade, sim.

Quais são os prós do estudante universitário, que tem formação técnica, já trabalhar na área?

O estudante universitário que já tra-balha em sua área tem uma visão mais realista dos problemas, dificul-dades e possibilidades de sua pro-fissão, além de um maior compro-misso com sua área. Em geral, leva para a sala de aula discussões mais concretas sobre as questões que afetam o cotidiano de sua profissão, o que enriquece a aula e amplia seus conhecimentos.

Como está a qualidade dos cursos técnicos hoje no Brasil?

Em geral, os cursos técnicos do país são de muito boa qualida-de, em especial aqueles vincula-dos a universidades públicas e os cursos privados já consolidados, com longa tradição de formação.

Qual a qualidade dos profissionais formados por cursos técnicos?

Há muito bons profissionais for-mados em cursos técnicos, que ocupam hoje funções importantes e estratégicas em seus locais de trabalho, mas não sei se é possível responder de forma genérica.

Como está o mercado para o profissional técnico?

Há certamente um mercado para o profissional técnico, historicamen-te a modernização da indústria e da agricultura ampliou a necessidade de mão de obra qualificada, portanto aumentou a demanda por um profis-sional que tenha competências espe-cíficas para atender às necessidades do mundo do trabalho. Quanto mais complexas vão se tornando as indús-trias e as formas de produção, mais vão se ampliando a demanda e a di-versidade dos cursos técnicos.

Ainda há preconceito da sociedade em relação ao profissional ter somente formação técnica?

A sociedade ainda valoriza demasiadamente a formação universitária, que garante maiores salários e melhores posições. Mas há uma valorização cada vez maior dos cursos técnicos, diante das necessidades do mercado. Outro aspecto interessante é que, atualmente, os cursos técnicos não são procurados apenas pelos jo-vens da classe baixa pois, como são cursos em geral de muito boa quali-dade, além da formação técnica ofe-recem um bom preparo para o ves-tibular. Assim, os jovens das classes média e alta também buscam forma-ção nesses cursos. Quanto mais complexas vão se tornando as indústrias e as formas de produção, mais vão se ampliando a demanda e a diversidade dos cursos técnicos”

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