[...] Além das barreiras atitudinais, arquitetônicas, didático-pedagógicas e financeiras, outro aspecto que também está em jogo é a questão da articulação entre teoria e prática dos conteúdos ministrados em sala de aula, os quais precisam, indubitavelmente, acompanhar as exigências do mercado de trabalho e da vida em sociedade. Por essas razões, a educação brasileira contemporânea encontra-se distante de ser aceitável como uma possibilidade de atingir o patamar de dignidade social e humana [...]
quarta-feira, 22 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
ANDRAGOGIA: A APRENDIZAGEM NOS ADULTOS
INTRODUÇÃO
Mais do que uma novidade, ao iniciar este tema na minha
pesquisa exploratória e descritiva, certamente vai surgir muitas perguntas
curiosas. A Andragogia é a grande revolução tecnológica para obtenção da
excelência organizacional, uma vez que ela trata do desenvolvimento da pessoa
adulta. As relações responsáveis pela reatividade dos profissionais devem ser
substituídas pelas relações andragógicas, que buscam a conscientização da
maioridade dos empregados e os conduzem à pro atividade responsável. O
gerenciamento das rotinas diárias das organizações deve ser embasado nos
princípios andragógicos para se obter o comprometimento de todos no esforço de
transformação de sua otimização. Sem mudanças das relações entre líder e
liderado, não é possível a mudança organizacional para uma atuação competitiva[1].
Cristo sempre usou parábolas para provocar a reflexão e ação
nos seus seguidores a respeito dos princípios dos seus ensinamentos. Seus
discípulos eram desafiados, constantemente, a formularem uma estruturação mental
própria para terem acesso ao significado das suas mensagens. Ele foi tão
efetivo que, mesmo com uma clientela tão mista de aprendizes-analfabetos e
doutores, conseguiu resultados que até hoje continua transformando pessoas no
mundo inteiro com a sua mensagem. A porção bíblica abaixo evidencia este fato:
Duro é este
discurso, quem o pode ouvir?... Então perguntou Jesus aos doze: Porventura
quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para
onde iremos? Tu tens as palavras de vida eterna; e nós temos crido e conhecido
que tu és o Santo de Deus. João 6:60
Outros na Antigüidade, como Confúcio e Lao Tse na China;
Aristóteles, Sócrates e Platão na Grécia antiga; Cícero, Evelid e Quintillian
na antiga Roma, foram também exclusivos educadores de adultos. A percepção
desses grandes pensadores quanto à aprendizagem, era de que ela é um processo
de ativa indagação e não de passiva recepção de conteúdos transmitidos. Por
isso suas técnicas educacionais desafiavam o aprendiz para a indagação. Os
gregos, por sua vez, inventaram o que se chama de Diálogo de Sócrates, no qual
o líder, ou algum outro membro de grupo, apresenta seu pensamento e experiência
para, a partir daí, os liderados buscarem solução para um determinado assunto[2].
Apesar dos referenciais da Antigüidade acima, a história
explícita da Andragogia tem suas raízes na pedagogia e por isso temos
que resgatar um pouco da sua memória evolutiva. No começo do século VII,
foi iniciada na Europa escolas para o ensino de crianças, cujo objetivo
era - preparar jovens rapazes para o serviço religioso - eram as
conhecidas Catedrais ou Escolas Monásticas. Os professores dessas
escolas tinham como missão a doutrinação dos jovens na crença, fé e rituais
da igreja. Eles ajuntaram uma série de pressupostos sobre aprendizagem, ao que
denominaram de "pedagogia" - a palavra, literalmente, significa
"a arte e ciência de ensinar crianças"[3].
Esse modelo de educação monástico foi mantido através dos
tempos até o século XX, por não haver estudos aprofundados de sua inadequação
para outras faixas etárias que não a infantil. Infelizmente ele veio a ser a
base organizacional de todo o nosso sistema educacional, incluindo o
empresarial. Entretanto, logo após a Primeira Guerra Mundial, começou a crescer
nos Estados Unidos e na Europa um corpo de concepções diferenciadas sobre as
características do aprendiz adulto. Mais tarde, após o intervalo de duas
décadas, essas concepções se desenvolveram e assumiram o formato de teoria de
aprendizagem, com o suporte das idéias dos pensadores[4].
Nosso sistema acadêmico cresce em ordem inversa: disciplinas
e professores constituem o centro educacional. Na educação convencional é
exigido do estudante ajustar-se ao currículo estabelecido; na educação de
adulto o currículo é construído em função da necessidade do estudante. Todo
adulto se vê envolvido com situações específicas de trabalho, de lazer, de
família, da comunidade, etc. - situações essas que exigem ajustamentos. O
adulto começa nesse ponto. As disciplinas acadêmicas só devem ser introduzidas
quando necessárias[5].
Kelvin Miller afirma que estudantes adultos retêm apenas 10% do que ouvem,
após 72 horas. Entretanto serão capazes de lembrar de 85% do que
ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as
informações mais lembradas sejam aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de
uma aula ou palestra. Para melhorar estes números, faz-se necessário conhecer
as peculiaridades da aprendizagem no adulto e adaptar ou criar métodos
didáticos para serem usados nesta população específica.
Linderman, E.C, em 1926, pesquisando as melhores formas de
educar adultos para a "American Association for Adult Education"
identificou, pelo menos, cinco pressupostos-chave para a educação de adultos e
que mais tarde transformaramse em suporte de pesquisas. Hoje eles fazem parte
dos fundamentos da moderna teoria de aprendizagem de adulto[6]:
1. Adultos são motivados a aprender na medida em que
experimentam que suas necessidades e interesses serão satisfeitos. Por isto
estes são os pontos mais apropriados para se iniciar a organização das
atividades de aprendizagem do adulto.
2. A orientação de aprendizagem do adulto está centrada na
vida; por isto as unidades apropriadas para se organizar seu programa de
aprendizagem são as situações de vida e não disciplinas.
3. A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender;
por isto, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das
experiências.
4. Adultos têm uma profunda necessidade de serem auto
dirigidos; por isto, o papel do professor é engajar-se no processo de mútua
investigação com os alunos e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e
depois avaliá-los.
5. As diferenças individuais entre pessoas crescem com a
idade; por isto, a educação de adultos deve considerar as diferenças de estilo,
tempo, lugar e ritmo de aprendizagem[7].
Até 1940, apesar de haver elementos suficientes para a
elaboração de uma teoria compreensível sobre a aprendizagem de adulto, esses
elementos estavam dispersos e necessitavam de uma unificação teórica. Entre
1940 e 1950 esses princípios foram esclarecidos, reelaborados e incorporados a
uma explosão de conhecimentos oriundos de várias disciplinas das ciências
humanas[8].
Consta na bibliografia que Sigmund Freud, apesar de não ter
formulado uma teoria específica de aprendizagem, muito contribuiu com seus
estudos sobre o "subconsciente e comportamento". Seus conceitos sobre
ansiedade, repressão, fixação, regressão, agressão, mecanismos de defesa,
projeção e transferência (bloqueando ou motivando a aprendizagem) têm sido
objeto de discussão na formulação da teoria de aprendizagem.
Outro estudioso do assunto, Carl Jung, com sua visão
holística, forneceu um grande suporte para a Andragogia, ao introduzir a
noção da consciência humana possuir quatro funções, ou quatro maneiras de
extrair informações das experiências para a internalização da compreensão:
sensação, pensamento,emoção e intuição[9].
Em 1950, Malcolm Knowles, começou uma tentativa de formular
a Teoria de Aprendizagem de Adultos e mais tarde, em 1960, pela primeira vez,
teve contato com a palavra Andragogia através de um educador iugoslavo,
que participava de um Workshop de Verão na Universidade de Boston. Foi
então quando ele entendeu o significado da palavra e a adotou como a mais
adequada para expressar a "arte e ciência de ajudar adulto a
aprender". Quando Professor Dr. Knowles começou a construir o modelo
andragógico de educação, ele o concebeu como a antítese do modelo pedagógico:
"Andragogia x Pedagogia"[10].
Mais tarde a escola secular começou a se organizar dentro do mesmo modelo,
dando origem à Escola Pública no Século XIX.
Desta forma todo o sistema educacional, incluindo a educação
de alto nível, ficou congelado dentro do modelo pedagógico[11].
A educação dirigida pelo professor deixa para o aprendiz
apenas o papel de submissão às suas instruções. Isto porque suas premissas,
acerca do aprendiz, resumem-se em:
1. A necessidade de conhecer. Aprendizes necessitam saber
somente o que o professor tem a ensinar, se eles querem ser aprovados;
eles não precisam saber o como aplicarão o ensinamento em suas vidas.
2. O autoconceito do aprendiz. O conceito do professor sobre
o aprendiz é o de uma pessoa dependente, por isto, o autoconceito do aprendiz
se torna o de personalidade dependente.
3. O papel da experiência. A experiência do aprendiz tem
pouco valor como fonte de aprendizagem; a experiência considerada é a do
professor, do livro didático, do escritor e dos recursos audiovisuais. Por
isto, técnicas de transmissão - leituras, dever de casa, etc., são a essência
da metodologia pedagógica.
4. Prontidão para aprender. Aprendizes estão prontos para
aprender o que o professor determina que eles devam aprender, se eles querem
passar de ano.
5. Orientação para aprendizagem. Aprendizes têm a orientação
de aprendizagem voltada para disciplinas; eles vêem o aprendizado como uma
aquisição de conteúdos. Por isto, as experiências de aprendizagem são
organizadas de acordo com a lógica de conteúdo programático.
6. Motivação. Aprendizes são motivados a aprenderem através
de motivadores externos, tais como notas, aprovação/reprovação, pressões dos
pais, etc.
AS PREMISSAS ANDRAGÓGICAS
Diante dos seis pressupostos pedagógicos mencionados
anteriormente, a Andragogia se dispôs a questionar a validade dos mesmos
para o relacionamento educacional com adultos. Afinal das contas, o respeito à
maioridade da pessoa madura é o ponto fundamental para se estabelecer uma
relação de efetiva aprendizagem. Esse respeito passa pela compreensão de que o
adulto é sujeito da educação e não o objeto da mesma. Daí a
inconveniência do professor como principal referência da relação educacional e
a fonte do conhecimento a ser depositado no reservatório do aprendiz, o que
Paulo Freire denomina de "Educação Bancária". O indivíduo que
intencionar trabalhar na educação de adultos tem que, antes de tudo, ser
humilde para descer do pedestal da sua cátedra e se estabelecer no mesmo plano
de aprendizagem, para, numa mútua relação de compartilhamentos, se desenvolverem
com o aprendiz.
Considerando, portanto, que o aprendiz adulto[12]
interage diferentemente da criança na relação educacional, as premissas
pedagógicas mencionadasanteriormente, devem ser substituídas pelas Andragógicas
nos seguintes termos:
1. Necessidade de conhecer. Aprendizes adultos sabem mais do
que ninguém, da sua necessidade de conhecimento e para eles o como colocar
em prática tal conhecimento no seu dia-a-dia é fator determinante para o seu
comprometimento com os eventos educacionais.
2. Autoconceito de aprendiz. O adulto, além de ter
consciência de sua necessidade de conhecimento, é capaz de suprir essa carência
de forma independente. Ele tem capacidade plena de se autodesenvolver.
3. O papel da experiência. A experiência do aprendiz adulto
tem central importância como base de aprendizagem. É a partir dela que ele se
dispõe, ou se nega a participar de algum programa de desenvolvimento. O
conhecimento do professor, o livro didático, os recursos audiovisuais, etc.,
são fontes que, por si mesmas, não garantem influenciar o indivíduo adulto para
a aprendizagem. Essas fontes, portanto, devem ser vistas como referenciais
opcionais colocados à disposição para livre escolha do aprendiz.
4. Prontidão para aprender. O adulto está pronto para
aprender o que decide aprender. Sua seleção de aprendizagem é natural e
realista. Em contrapartida, ele se nega a aprender o que outros lhe impõem como
sua necessidade de aprendizagem.
5. Orientação para aprendizagem. A aprendizagem para a
pessoa adulta é algo que tem significado para o seu dia-a-dia e não apenas
retenção de conteúdos para futuras aplicações. Como conseqüência, o conteúdo
não precisa, necessariamente, ser organizado pela lógica programática, mas sim
pela bagagem de experiências acumuladas pelo aprendiz.
6. Motivação. A motivação do adulto para aprendizagem está
na sua própria vontade de crescimento, o que alguns autores denominam de
"motivação interna" e não em estímulos externos vindo de outras
pessoas, como notas de professores, avaliação escolar, promoção hierárquica,
opiniões de "superiores", pressão de comandos, etc.
Concluindo a discussão sobre a definição do ser adulto, é importante
frisar que não podemos divorciar tal conceito do contexto social, sob o risco
de sua alienação, uma vez que é o acordo entre os indivíduos da sociedade que
estabelece o padrão de vida comunitária. Daí o conceito poder variar de
sociedade para sociedade.
Uma vez estabelecido o que entendemos por ser adulto,
podemos, a seguir, refletir nos princípios que devem nortear o relacionamento
com a pessoa madura. Elaboramos quatorze princípios, em apologia aos 14 pontos
de Deming, para expressar a essência da Andragogia, ao mesmo tempo em
que fornecemos um referencial objetivo para o relacionamento de cunho
educacional na organização.
Princípio 1
O adulto é dotado de consciência crítica e consciência
ingênua. Sua postura proativa ou reativa tem direta relação com seu tipo de
consciência predominante.
Princípio 2
Compartilhar experiências é fundamental para o adulto, tanto
para reforçar suas crenças, como para influenciar as atitudes dos outros;
Princípio 3
A relação educacional de adulto é baseada na interação entre
facilitador e aprendiz, onde ambos aprendem entre si, num clima
de liberdade e pró-ação.
Princípio 4
A negociação com o adulto sobre seu interesse em participar
de uma atividade de aprendizagem é chave para sua motivação;
Princípio 5
O centro das atividades educacionais de adulto é na
aprendizagem e jamais no ensino;
Princípio 6
O adulto é o agente de sua aprendizagem e por isso é ele
quem deve decidir sobre o que aprender;
Princípio 7
Aprender significa adquirir: Conhecimento - Habilidade -
Atitude (CHA); O processo de aprendizagem implica na aquisição incondicional e
total desses três elementos.
Princípio 8
O processo de aprendizagem do adulto se desenvolve na
seguinte ordem: Sensibilização (motivação) - Pesquisa (estudo) - Discussão
(esclarecimento) - Experimentação (prática) - Conclusão (convergência) –
Compartilhamento (sedimentação);
Princípio 9
A experiência é o melhor elemento motivador do adulto.
Portanto, o ambiente de aprendizagem com pessoas adultas é permeado de
liberdade e incentivo para cada indivíduo falar de sua história, idéias,
opinião, compreensão e conclusões;
Princípio 10
O diálogo é a essência do relacionamento educacional entre
adultos, por isso a comunicação só se efetiva através dele;
Princípio 11
A práxis educacional do adulto é baseada na reflexão e
ação, conseqüentemente os assuntos devem ser discutidos e vivenciados, para
que não se caia no erro de se tornar verbalistas - que sabem refletir,
mas não são capazes de colocar em prática; ou ativistas - que se
apressam a executar, sem antes refletir nos prós e contras;
Princípio 12
Quem tem capacidade de ensinar o adulto é apenas Deus que
conhece o íntimo da pessoa e suas reais necessidades. Portanto se você não é
Deus, não se atreva a desempenhar esse papel!
Princípio 13
O professor tradicional prejudica o desenvolvimento do
adulto, pois o coloca num plano inferior de dependência, reforçando, com isso,
seu indesejável comportamento reativo próprio da fase infantil;
Princípio 14
O professor que exerce a "Educação Bancária" -
depositador de conhecimentos - cria a perniciosa relação de "Opressor
& Oprimido", que pode influenciar, negativamente, o modelo cognitivo
do indivíduo pela vida inteira.
Os estudantes universitários não são exatamente adultos, mas
estão próximos desta fase de suas vidas. O ensino clássico pode resultar, para
muitos deles, num retardamento da maturidade, já que exige dos alunos uma total
dependência dos professores e currículos estabelecidos. As iniciativas não
encontram apoio, nem são estimuladas. A instituição e o professor decidem o
que, quando e como os alunos devem aprender cada assunto ou habilidade. E
estudantes deverão se adaptar a estas regras fixas[13].
CONCLUSÃO
Para evitar este lado negativo do ensino universitário, é
necessário que sejam introduzidos conceitos andragógicos nos currículos e
abordagens didáticas dos cursos superiores com cautela, pois a maioria dos
universitários está na fase de transição e, para que não haja, também, um
abandono definitivo dos métodos clássicos. Eles precisarão ainda de que lhes
seja dito o que aprender e lhes seja indicado o melhor caminho a ser seguido.
Mas devem ser estimulados a trabalhar em grupos, a desenvolver idéias próprias,
a desenvolver um método pessoal para estudar, a aprender como utilizar de modo
crítico e eficiente os meios de informação disponíveis para seu aprendizado.
Por outro lado, migrar do ensino clássico para os novos enfoques andragógicos
é, no mínimo, trabalhoso e o corpo docente envolvido nesta migração precisa ser
bem preparado, inclusive através de programas andragógicos próprios para o
treinamento de educadores de adultos.
O professor precisa se transformar num tutor eficiente de
atividades de grupos, devendo demonstrar a importância prática do assunto a ser
estudado, deve transmitir o entusiasmo pelo aprendizado, a sensação de que
aquele conhecimento fará diferença na vida dos alunos; ele deve transmitir
força e esperança, a sensação de que aquela atividade está mudando a vida de
todos e não simplesmente preenchendo espaços em seus cérebros. Adultos sentem a
necessidade de serem vistos como independentes e se ressentem quando obrigados
a aceder ao desejo ou às ordens de outrem. Por outro lado, devido a toda uma
cultura de ensino onde o professor é o centro do processo de
ensino-aprendizagem, muitos ainda precisam de um professor para lhes dizer o
que fazer.
Alguns adultos preferem participar do planejamento e
execução das atividades educacionais. O professor precisa se valer destas
tendências para conseguir mais participação e envolvimento dos estudantes. Isto
pode ser conseguido através de uma avaliação das necessidades do grupo, cujos
resultados serão enfaticamente utilizados no planejamento das atividades. A
independência, a responsabilidade será estimulada pelo uso das simulações,
apresentações de casos, aprendizagem baseada em problemas, bem como nos
processos de avaliação de grupo e autoavaliação.
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Editora Rocco, 2000.
CARVALHO, José Sergio de. Construtivismo, uma pedagogia
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DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São
Paulo: Atlas, 1987.
____________. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda.
Porto Alegre: Editora Mediação, 2003.
___________. Professor do Futuro e Reconstrução do
Conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz
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____________. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz
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NEIRA, Marcos Garcia. Por dentro da Sala de Aula:
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PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação
das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1999.
[1]A Educação de Adultos é uma prática tão antiga quanto à
história da raça humana, ainda que só recentemente ela tenha sido objeto de
pesquisa científica. A nossa herança cristã, por exemplo, com cerca de dois mil
anos, apresenta no Livro Sagrado, fartos exemplos de relacionamento educacional
adulto através dos patriarcas, sacerdotes e o próprio Jesus Cristo que foi, por
excelência, o maior educador de adultos de todos os tempos.
[2] Sócrates forjou a palavra “maiêutico” a partir de “maia”,
que em grego significa parteira (sua mãe, Fenaretes, era parteira). Sócrates
queria dizer que o método maiêutico seria aquele em que o mestre nada ensina,
apenas estimula o discípulo a “parir” os conceitos que traz em gestação dentro
de si.
[3]A etimologia da palavra é grega: "paido", que
significa criança, e "agogus" que significa educar. Segundo
historiadores, a “Idade das Trevas”, ficou caracterizada pela criação de
conventos beneditinos para preparação de jovens para os serviços
religiosos. Diferente da academia e do liceu grego, não admitia
liberdade, criatividade ou valores pessoais dos alunos. A nossa pedagogia atual
é descendente direta desta escola medieval.
[4] Eduard C. Lindeman (USA) foi um dos maiores contribuidores
para pesquisa da educação de adultos através do seu trabalho "The Meaning
of Adult Education", publicado em 1926. Suas idéias eram fortemente
influenciadas pela filosofia educacional de John Dewey.
[5] “Textos e professores têm um papel secundário nesse tipo de
educação; eles devem dar a máxima importância ao aprendiz.” (Lindman, 1926, pp.
8-9).
[6] Os estudos de Linderman foram baseados nas experiências de
Alexander Kapp, professor alemão que em 1833, utilizando os elementos da Teoria
de Educação de Platão em suas teses, criou o vocábulo Andragogia.
[7] Muitos outros estudos foram continuados por vários
pesquisadores, entre os quais Edward L. Thorndike (The Adult Learning
-1928/USA), Lawrence P. Jacks (Journal of Adult Education-1929/Inglaterra).
[8]A Psicoterapia, por exemplo, foi uma das ciências que mais
contribuíram para a Andragogia. Isto porque os psicoterapeutas estão
voltados essencialmente para a reeducação e em especial da população adulta.
[9] Carl R. Rogers, talvez o psicoterapeuta mais específico na
educação de adultos, enfatiza que em geral, terapia é um processo de
aprendizagem. Ele desenvolveu dezenove proposições para a teoria da
personalidade e comportamento, baseado nos estudos da terapia do adulto. Com
isto ele fez um paralelo entre ensino centrado no estudante e terapia centrada
no cliente. Para Rogers não podemos ensinar diretamente outra pessoa; podemos,
apenas, facilitar sua aprendizagem. (Rogers, 1951, p.132). Uma pessoa aprende,
significativamente, somente aquelas coisas que percebe estarem ligadas com a
manutenção, ou ampliação da estrutura do seu eu.
[10] Os pressupostos da Pedagogia baseiam-se nos princípios de
ensinar e aprender introduzidos no Século VII.
[11] Segundo a análise de Knowles, o modelo pedagógico preconiza
total responsabilidade do professor para as decisões sobre o que será
ensinado, como será ensinado e se foi aprendido.
[12]Qualificamos como indivíduo maduro o suficiente para assumir
as responsabilidades por seus atos diante da sociedade. Entretanto, a
maturidade humana apresenta certa complexidade para a definição dos seus
limites e por isso varia de cultura para cultura. Para a elaboração de um
conceito mais completo e objetivo devemos considerar, pelo menos, quatro
aspectos da capacidade humana: sociológico, biológico, psicológico e jurídico.
[13]Alguns alunos sem dúvida conseguem manter seus planos e
ideais, suas metas e trajetórias, reagindo contra estas imposições e buscando
seus próprios caminhos. Geralmente serão penalizados por baixos conceitos e
notas, já que não seguem as regras da instituição. Os demais se verão forçados
a deixar adormecer suas iniciativas, algumas vezes marcando de forma profunda
suas personalidades.
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