Blog “Educação, Didática, Pedagogia e
Andragogia”, de autoria de Superdotado de Álaze Gabriel. Disponível em http://educacaodidaticapedagogiaeandragogia.blogspot.com.br/
Autoria:
Bacharelando
David Costa Braz. 4º Ano do Curso de Comunicação Social
EDUCAÇÃO GERAL NO MUNDO
A educação é tão antiga como a própria
Humanidade, parecendo constituir um dos primeiros sustentáculos da própria
sobrevivência do Homem. Através da educação, pretende-se que o ser humano se
adapte ao meio/ambiente, criando condições para a aquisição e desenvolvimento
de conhecimentos, valores e atitudes favoráveis a essa adaptação.
Para se fazer uma eficaz análise à
situação atual da educação em Portugal, é necessário atender a três vectores:
os pais, a sociedade e a escola. Cada vez mais, os pais delegam quase
integralmente na escola a educação dos filhos, limitando a sua ação educativa a
castigos por maus comportamentos. A forma como grande parte dos pais
portugueses educam os filhos incentiva nestes a falta de auto-confiança, a
falta de iniciativa e de responsabilidade.
Deve reconhecer-se que o problema atual
da educação das crianças e dos jovens é um problema de toda a sociedade e de
cada adulto.
Temos todos uma responsabilidade com as gerações futuras. Compete-nos
preparar os jovens para a vida adulta, preparando-lhes um tipo de sociedade
onde seja possível viver.
Durante muito tempo, a escola foi vista
como única fonte de saber, capaz de assegurar prestígio e posição social. Hoje,
embora continue a ter um papel importante, ela já não tem o
"monopólio" do saber exclusivo, ou seja, atualmente há já muitas
outras fontes de informação igualmente credíveis. Nestas novas fontes de
informação estão incluídas as novas tecnologias que são excelentes meios para a
construção do conhecimento.
A escola já não deve ser encarada como
um espaço fechado e triste, mas sim como um lugar de prazer e de aprendizagem.
Para tal, o contributo do professor é fundamental. O papel deste não se deve resumir
à transmissão de teorias muitas vezes já em desuso, mas em estar aberto à
imprevisibilidade e às constantes mutações socioculturais. O papel do professor
não poderá limitar-se a uma comunicação unilateral entre este e os seus alunos.
Este papel terá de ser ativo e criativo, de forma a que a educação decorra numa
ação cooperativa e onde haja espaço para a criatividade de alunos e
professores.
Naturalmente que há sempre quem pense
que o uso dos audiovisuais e dos media no ato educativo poderá
pôr em risco o papel do professor como detentor ou transmissor do conhecimento.
É óbvio que tal não acontece, mas também será óbvio que à crescente importância
dos media no processo de ensino-aprendizagem se impõe uma redefinição do papel
do professor e da estratégia que deve adoptar junto dos alunos.
Na verdade, se uma verdadeira
integração dos meios audiovisuais no ensino é indispensável na escola, ela deve
ser o resultado de uma perfeita tomada de consciência do papel que estes meios
devem desempenhar no seio do processo pedagógico, sem ultrapassar nem reduzir o
papel do professor.
Assim sendo, os audiovisuais deverão
contribuir para uma modificação do papel do professor, pois este já não é o
único responsável pela transmissão da matéria aos alunos. O educador deve ver o
aluno já não como um auditor que deve transcrever e memorizar as mensagens, mas
sim como um aprendiz que, utilizando todos os meios disponíveis, contribui para
a sua própria aprendizagem.
O professor tem como papel principal
criar e estimular o ambiente educativo. Neste novo perfil de escola, o ensino
tem de se processar ao nível da coordenação e acompanhamento, das informações
(conteúdos) devendo fornecer os contextos e o conhecimento base que promova uma
verdadeira autonomia. Neste sentido, deve, igualmente,
haver uma preocupação em colocar os alunos face a problemas que exijam
experimentação. Contudo, muitos professores desconhecedores desta realidade
ignoram estas inovações, provavelmente por não as conhecerem e não as
dominarem. Hesita-se em alterar as estruturas existentes há muito tempo,
simplesmente porque as inovações exigem uma formação, uma preparação e uma
organização suplementares.
Por outro lado, existe o problema
financeiro, pois, nalguns casos, evita-se o uso de novos métodos de ensino dado
que o dinheiro já é pouco para fazer funcionar convenientemente os sistemas
existentes. Mas não dar importância aos audiovisuais pode originar
consequências graves, principalmente nos níveis etários mais baixos.
Acima de tudo deve existir um espirito
critico por parte de todos os intervenientes no processo educativo. O formador
tem, assim, de integrar na sala de aula meios que facilitem a comunicação. Os
progressos no domínio da comunicação têm sido óptimos. Os novos meios de
informação permitem a troca de informação, independentemente da distância, com
toda a precisão e rapidez. O processo de ensino tem necessidade de uma ligação
constante com o mundo exterior. Neste domínio, a evolução tecnológica pôs à
disposição do professor meios suficientes para trazer até ao aluno um mundo até
há bem pouco tempo distante.
A técnica passou a ser aceite por
muitos como a solução para os problemas existentes no ensino, sendo importante
de modo a conseguir-se um sistema educativo eficiente apoiado em instrumentos
que respondam às exigências da época. Contudo, os meios tecnológicos não valem
por si mesmos. A sua utilidade depende da metodologia com que são usados. Não
são apenas os meios que contam, mas sim a forma de apropriamento desses meios
para criar uma situação educativa. A integração destes meios facilita a
comunicação, facultando um precioso auxílio tanto ao nível do ensino como ao
nível da aprendizagem.
O CONTRIBUTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA
ESCOLA
Nunca, como hoje, foi possível aprender
com uma variedade tão alargada de meios nos quais se encontram a informação. Os
livros, as revistas, o vídeo, o cinema, a televisão, a fotografia, a banda
desenhada, os jornais, o software do computador, os multimedia e as pessoas com
as quais convivemos no dia-a-dia, entre outros, constituem os suportes aos
quais podemos recorrer para termos acesso à informação
A educação tem, obrigatoriamente, de se
adaptar às necessidades das sociedades onde está inserida. Mas este processo
nem sempre é fácil, pois essa "adaptação" tem pela frente um grande
desafio, que é o de se adaptar às mudanças sociais, culturais e económicas que
nascem aquando da massificação do uso das novas tecnologias.
Contudo, a educação, ultimamente, tem
vindo a ser reformulada. Embora, na sua essência, mantendo o mesmo objetivo,
que é o de educar, não podemos ficar indiferentes aos novos métodos e técnicas
introduzidos no ensino, decorrentes do aparecimento das novas tecnologias.
Com o mundo em constante
desenvolvimento, a educação tem de se adaptar às novas necessidades dos seus
destinatários. Outrora, a economia baseava-se, essencialmente, numa lógica
industrial que implicava que a educação girasse mais em torno de um saber que
valorizava a experiência. Atualmente, a sociedade privilegia mais um saber
especializado, onde a sua construção possa ser uma atividade social plenamente
integrada no meio que nos rodeia. Assim, existe um número cada vez maior de
indivíduos que exigem uma grande variedade de canais de aprendizagem; esta
crescente exigência fomenta, também o desenvolvimento mais sofisticado de novas
tecnologias que permitem colocar à disposição dos indivíduos recursos cada vez
mais elaborados que permitem assegurar maior mobilidade à informação. Assim, a
informação passa a estar ao alcance de todos nós. Neste contexto, é inevitável
que a escola se adapte aos novos desafios decorrentes da evolução da sociedade.
Torna-se necessário definir um novo perfil de escola, por oposição à escola
tradicional.
Atualmente, o papel da escola é de
extrema importância pois devido à elevada variedade de oferta de informação
verifica-se um afastamento dos educandos da informação chave, ou seja, o papel
da escola do século XXI é o de moderador. Indiscutivelmente, nesta nova escola,
as novas tecnologias desempenham um papel importantíssimo: - o de ferramentas
auxiliares do processo ensino/aprendizagem.
É fundamental, por isso, que a escola esteja familiarizada com estas
ferramentas informáticas e saiba utilizá-las na ação educativa normal. Assim, a
escola tem de fornecer aos alunos os meios adequados para que possam ter acesso
à informação e, simultaneamente, familiarizar-se com eles, possibilitando-lhes
também oportunidades de interação social.
Assumindo este novo perfil, a escola
não deve esquecer a componente pedagógica associada aos novos meios de
informação. Estas ferramentas possibilitam ao aluno a manipulação e construção
do conhecimento de uma forma diferente daquela que era utilizada por métodos
tradicionais onde, habitualmente, o conhecimento se transmite de forma oral.
O COMPUTADOR NA SALA DE AULA
O computador oferece a possibilidade de
integrar diversas linguagens (texto, imagem, som) oriundas de diversas fontes
num único media.
Entendemos que o aparecimento do computador marca o advento de uma nova
era comunicativa.
Consideramos que os professores têm
vindo a descobrir as potencialidades educacionais das novas tecnologias e a
ganhar a auto-confiança necessária e suficiente para se lançarem na
"aventura" da utilização curricular do computador. Por outro lado, todo
o professor reconhece a sala de aula como meio privilegiado da sua ação, sendo
o que nela se passa aquilo que tantas vezes o preocupa. Deste modo, é normal
que, mais tarde ou mais cedo, seja aí que ele queira experimentar o potencial
educativo que antevê ou já descobriu no computador.
A introdução do computador na sala de
aula no ensino preparatório é relativamente recente. Contudo, esta introdução
encontrou e encontra ainda de momento, sérios obstáculos em termos de espaço e
funcionamento, requerendo um trabalho anterior de grande preocupação. Estas
atividades de preparação não se limitam a arranjar espaços compatíveis mas,
essencialmente, requerem da parte do professor um repensar e uma reorganização
das suas estratégias.
São muito diversas as razões que têm
levado os professores a integrar o computador na sala de aula. Uma delas é a
forte motivação que ele exerce em grande parte dos alunos, contrastando com o
desinteresse quase geral pelas atividades escolares. Contudo, na nossa opinião,
o computador só deve ser utilizado sempre que se verifique que é a melhor forma
para a compreensão da matéria por parte do aluno. Isto porque a motivação
demonstrada pelos alunos aquando do uso do computador pode ser superficial e de
pouca duração e, portanto, ilusória.
Existem pressões exteriores ao
professor que podem levá-lo a integrar o computador na sala de aula. Por um
lado, pressões dos próprios alunos que tentam "forçar" um professor a
seguir o exemplo de outro professor da turma, ou que mostram incompreensão pelo
facto de já existirem computadores na escola e o professor se mostrar alheio a
eles. Outro tipo de pressões exteriores são os da própria sociedade ou mesmo
dos pais, que não querem que os seus filhos "fiquem para trás".
Noutros casos, os professores
encontram-se insatisfeitos com o modo como decorrem as suas aulas ou com o grau
de insucesso dos seus alunos, desejando, assim, mudar este estado de coisas.
Muitas vezes, este é o ponto de partida para o professor encarar a utilização
curricular do computador.
Há casos em que o docente compreende
que não se trata de mudar as técnicas usadas, mas sim de inovar
verdadeiramente, favorecendo um ensino mais centrado no aluno e na sua
iniciativa. Deste modo, será possível a realização de projetos onde alunos e
professor estejam implicados. Assim sendo, o computador pode ser um auxiliar
precioso nessa inovação, ao favorecer nos alunos um trabalho autónomo ou de
grupo na resolução de problemas, no levantamento de hipóteses, na investigação,
etc..
Todos estes fatores contribuem, assim,
para a introdução do computador no ensino, originando, mudanças absolutamente
indispensáveis na escola. Computadores com aptidões de integração de gráficos,
áudio e vídeo, tecnologias como o CD-ROM e o vídeo interativo são inovações às
quais a escola não pode ficar indiferente. Estes podem ter um papel de extrema
importância nas aulas, facilitando as tarefas tanto aos alunos como aos
professores.
Por outro lado o uso do computador
também tem as suas desvantagens e limitações como o elevado custo de instalação
e manutenção de uma rede de computadores. O rápido aparecimento de novas
tecnologias provoca uma constante troca e mudança de equipamento. Há ainda o
problema do analfabetismo informático e da desconfiança nos computadores. O
professor tem que saber introduzir convenientemente os alunos no mundo dos
computadores e ser capaz de os motivar e ajudar quando necessário.
A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NO PROCESSO
DE ENSINO/APRENDIZAGEM
Se até há bem pouco tempo, o computador
era algo que apenas servia para trabalhar, hoje, pode ser considerado como um
dos meios de comunicação mais completo e didático. Com o aparecimento da
Internet, toda a mentalidade em relação a este objeto se alterou radicalmente.
Atualmente, através de um simples computador e de uma ficha telefónica temos
acesso a algo que substitui a televisão, o telefone, a própria escrita, o
vídeo, a aparelhagem.
Estamos na era dos self-media, aqueles
que se destinam aos utilizadores individuais (PC, fax, telemóvel, bip, etc.),
que atuam através de redes celulares e de redes interativas (por exemplo, RDIS,
Internet). É também a era da convergência ente o audiovisual, as
telecomunicações e a informática, um complexo que conduzirá ao reforço do
processo comunicacional.
A Internet é a maior e mais poderosa rede
do mundo e este poder encontra-se nas mãos dos jovens. O acesso à Internet tem
diversas vantagens e potencialidades que tanto professores como alunos podem
obter. Uma delas é o Correio Electrónico, o qual, ao contrário do correio
postal, é enviado e entregue pela Internet através da rede a um endereço de
computador.
O feedback aluno - professor é mais
rápido e eficiente. Os alunos podem ler as mensagens quando entenderem e
facilmente guardarem-nas para posterior referência.
Por outro lado, esta inovação pode também ser importante na relação
professor – encarregado de educação. Na nossa opinião, este seria um bom meio
para o docente enviar para o encarregado de educação toda a informação escolar
relativa ao aluno (como avaliações, faltas, etc.).
Um aspecto a ter em conta é que a
Internet não vai substituir a escola, mas sim acrescentar uma nova dimensão. O
aumento de recursos de acesso à Internet dá ao estudante meios de recolher
informação de interesse para a aula. Em muitos casos, pode ser o estudante a ensinar
a turma, incluindo o professor em determinado tópico. Tradicionalmente é o
professor que detém a autoridade da informação, com este sistema de ensino essa
autoridade passa a ser desafiada.
Os alunos passam a ter a capacidade de
procurar informação na Internet sobre vários assuntos, de serem mais críticos e
criativos. A Internet responde também ao problema dos alunos mais tímidos. A
comunicação via e-mail torna-se mais confortável para esses
estudantes, sentem-se mais seguros para fazer perguntas e dar opiniões.
Podemos, deste modo, concluir que a
Internet é uma ferramenta poderosa e uma alternativa certa aos métodos de
ensino tradicionais. No entanto, há que saber preparar os estudantes, para
ultrapassarem os seus medos e ensinar-lhes as técnicas necessárias para
aproveitarem todos os recursos oferecidos pela Internet. Também as instituições
de ensino têm que actualizar as suas regras tradicionais, pois estas vão sendo
postas em causa.
Fonte: http://www.ipv.pt/forumedia/4/20.htm
Fonte: http://www.ipv.pt/forumedia/4/20.htm
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